PRIMAVERA NA JANELA
Quando ainda bem menino - num certo dia de setembro, de um ano já distante - ao abrir a janela pela manhã, deslumbrei o sol brilhando diferente, explodindo luzes nas folhas das árvores ainda molhadas pelo orvalho da noite, como cintilar de diamantes.
Senti o vento soprar manso e mais confortante, entrando pelos meus sentidos, remexendo toda minha sensibilidade e indo se calar no meu peito.
Olhei as flores, que ainda não tinha percebido, com suas cores e aromas totalmente expostos, a disposição do meu olhar em fascínio.
Senti o mundo um tanto diferente. Mais cores, mais brilho, mais perfume. Bem depois, minha mãe me dizia que era primavera.
Desde então, todos os anos escrevo um poema para saudar a primavera. Já são mais de cinquenta.... Espero poder escrever mais algumas dezenas.
Sei que ela não deixará de vir todos os anos. Eu que um dia deixarei de vê-la chegar. Mas que demore.
Quando ainda bem menino - num certo dia de setembro, de um ano já distante - ao abrir a janela pela manhã, deslumbrei o sol brilhando diferente, explodindo luzes nas folhas das árvores ainda molhadas pelo orvalho da noite, como cintilar de diamantes.
Senti o vento soprar manso e mais confortante, entrando pelos meus sentidos, remexendo toda minha sensibilidade e indo se calar no meu peito.
Olhei as flores, que ainda não tinha percebido, com suas cores e aromas totalmente expostos, a disposição do meu olhar em fascínio.
Senti o mundo um tanto diferente. Mais cores, mais brilho, mais perfume. Bem depois, minha mãe me dizia que era primavera.
Desde então, todos os anos escrevo um poema para saudar a primavera. Já são mais de cinquenta.... Espero poder escrever mais algumas dezenas.
Sei que ela não deixará de vir todos os anos. Eu que um dia deixarei de vê-la chegar. Mas que demore.