Sábado, o filho preferido

Será que nos outros países o sábado é tão bem quisto quanto aqui no Brasil? Porque é inegável que aqui ele é o favorito da semana. Não é que não ligamos para os outros dias, nos importamos, mas é que o sábado... o sábado é aquele filho predileto, aquela primeira namorada, é pra quem daríamos o primeiro pedaço de bolo. O sábado é tão importante que Deus folgou nele. Ele tirou o sábado pra lavar o carro, a calçada, fazer um churrasco.

Enquanto domingo lembra família, a segunda lembra trabalho, a quarta lembra futebol, o sábado é o dia de esquecer. Ele é democrático, é do solteiro, dos namorados, dos solitários, ele é o afago na cabeça de quem trabalhou a semana inteira. Não me recordo de nenhuma tragédia que tenha acontecido num sábado. Não é do feitio dele. Ele é um dia da paz, do amor e do samba. “Quem traz a cerveja?”.

Os outros dias acabam a meia-noite, o sábado só acaba as cinco, depois do cachorro quente, do bate papo, de ligar bêbado para a ex namorada.

O sábado é um dia sagrado, tanto para trabalhador quanto para o desempregado, talvez mais para esse segundo. Já que é o dia que ele pode ficar sem fazer nada ter que ficar consciência pesada, afinal de contas quem entrega currículo no sábado.

“Todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite”... espera que ele não

Acabe. Então aproveite seu sábado ao máximo, porque o próximo sábado é só daqui uma semana.

Afonso Padilha
Enviado por Afonso Padilha em 01/09/2012
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