PEQUENINA
POEMA:
para Isabely Mayara
Precocemente brotou o amor
Se fez imã, azougue...
Tal qual o mar abraçando a areia dia e noite
Noite e dia, no raiar do sol, no Sol poente
Na madrugada fria
Com aquela ventania toda soprando ar zunindo sozinho
Madrugada fria...
Ventania solitária
Madrugada cinzenta... Cinzenta
Cinzas madrugais e maresias
E lá longe... Bem ao fundo
Um morro de sal que esconde o sol
Um barco solitário no mar
Arias, pedras, sombra de algaroba
Duas bananas, uma laranja
E um punhado de protetor solar
Uma mão pequena
Uma pequenina
E um imenso, vasto, travesso coração
Olhinhos fechados quando os dentes cismam em sorrir
Um sorriso moleque e um jeito meigo de ser
Parece menina, parece pequenina, parece moleca
Não é... Só parece ser... Não é
Há uma maturidade escondida
Há uma quase mulher
Falou meu coração demente
Falou minha alma, meu sangue
Meu pulso pulsando sente
Ela é doce, me disse Deus demais
Dizendo doze vozes mensais
Um dia de cada semana
Uma semana de cada mês
Um mês de cada ano
Cada ano de uma década
Cada década de um milênio
Ela é doce, me disse Deus demais
Dizendo ser simples
Dizendo ser decente...
Seu corpo, sua alma e sua mente
Cuidarão de ti, não sei quem, mas sempre haverá quem há:
Cada dia da semana
Cada semana de cada mês
Cada mês de cada ano
Cada ano de uma década
Cada década de um milênio
Cada milênio da uma eternidade
Sem horizontes, sem montes, sem estrelas
Sem nenhum sistema solar...
Simplesmente só eternidade
Cuidarão de ti, não sei quem, mas sempre haverá quem há: