ESTIGMA SOCIAL
Estar acima do peso é um problema muito maior do que se pode imaginar. Para as mulheres é quase a morte, para os homens também, mas com a permissão e compreensão da sociedade criada e dominada por eles, sobrevivem com suas barrigas assim como criam animais de estimação dentro de casa.
Existe uma verdadeira indústria do emagrecimento, todas direcionadas para a estética e nunca para a saúde. A celulite é mais inimiga do que a diabete, a estria causa maior dano do que a hipertensão. Assim, se você reduz a celulite ganha como bônus uma glicose, em jejum, com uma taxa de 70 mg/dl mais ou menos; se a estria desaparece aí você corre menos risco de sofrer infarto.
Segundo o IBGE, em pesquisa feita em 2008 e 2009, no Brasil a obesidade atinge 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres com mais de 20 anos, 4,0% dos homens e 5,9% das mulheres entre 10 e 19 anos e 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas entre 5 a 9 anos.
Além das doenças que podem ser adquiridas pelo excesso de gordura no corpo, tem também o estigma social. A desaprovação das características pessoais, culturais, comportamentais, que levam ao isolamento social e à marginalização.
A aceitação no meio onde os padrões sociais ditam o tipo físico adequado, a opção sexual permitida, e etnia específica, a religião oficial, a eficiência intelectual normal, é uma barreira a ser ultrapassada não só pelos obesos, mas por todas as tribos que lutam contra o preconceito e discriminação.