CRÔNICA – Na Moral
 

CRÔNICA – Na Moral – 30.08.2012
 

          Assim que acordei na manhã de hoje – e eu durmo sempre com meu rádio de pilha ligado – pude ouvir um comentário do grande jornalista Ednaldo Santos, da empresa Jornal do Comércio, a respeito do que ele vira numa das edições do programa “Na moral”, comandado pelo Pedro Bial, famoso jornalista da Rede Globo de Televisão, este que também apresentava o Big Brother Brasil (BBB), que não se sabe voltará a ser exibido pela emissora líder de audiência.
 
          Contava esse renomado radialista, que entende de tudo em matéria de rádio, televisão e domina os mais diversos assuntos do dia a dia da vida das pessoas, inclusive sobre futebol, que dentre os assuntos discutidos no citado programa um deles chamou a sua atenção, pois voltado a tema de natureza sexual, assim como fidelidade, suingue, voyeurismo e outras práticas tidas como normais por umas e abomináveis por outras pessoas.
 
          Tudo ia muito bem até que se apresentara um casal com a marca de 42 anos de vida em comum, um casamento sólido pelo que aparentava. Mas o Bial, ao que parece não acreditando que possa existir gente que não aceita essas novidades do mundo, insistiu algumas vezes, indagando se era verdade mesmo que eles vinham levando essa vida sem que “pulassem a cerca” e coisas tais. O casal reafirmou que jamais apelou pra esse tipo de relacionamento e que nunca cairia na tentação de burlar a confiança um do outro. Não teria ficado absolutamente entendido que o apresentador se convencera das explicações recebidas.
 
          A meu pensar, programas desse tipo são perniciosos à moral e aos costumes nacionais, funcionando por outro lado como incentivador de práticas absolutamente desnecessárias para grande parte da população, essa que prefere viver sem apelar para criações da espécie e levar uma vida tranquila e mais saudável. A minha opinião é que tais desvirtuamentos já têm a adesão de muita gente em todas as camadas da sociedade, até mesmo por contar com incentivos da mídia em suas várias formas de apresentação. Não estamos aqui sendo contrários aos gostos de ninguém, mas à divulgação espetaculosa que se procede a propósito do assunto.
 
          Está ficando cada vez mais claro que praticamente não existe uma “rodinha de gente” conversando, em qualquer lugar, que o assunto não seja sexo, parecendo até que se tornou impossível viver sem ele; isso nas mais diversas faixas de idade e meio social, e esse produto vende demais, dá lucro e muito alto, isso financeiramente, mas por outro lado traz um prejuízo irreparável quando tratado de maneira irresponsável por quem é dona de uma audiência incrustada por todo o território nacional e até em outros países.
 
          Considero bisonha a participação do Bial na edição do programa, que no meu entender deveria ser reformulado.
 
 
OVagalume
O vagalume
Enviado por O vagalume em 30/08/2012
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T3856414
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.