CONSUMIDOR DE SORTE
e souza
A troca de produtos que apresentassem algum defeito, fazer isso há alguns anos era uma verdadeira tortura, os consumidores tinham de brigar muito, era muito irritante. Felizmente os tempos são outros, as empresas se reciclaram, se colocaram no lugar do consumidor, se bem que existam poucas, mas existem aquelas que insistem em uma gestão retrograda, burra e fora da realidade. José Filho, marido da Dona Gercina, reclamava todos os dias da garrafa de café e dizia “Gê, hora dessas vou lá no mercado trocar esse treco”. Ela explicava que não daria certo, pois já havia jogado a nota fiscal no lixo. Neste mesmo dia indignado ele levou a garrafa até o Carrefour, na loja explicou o defeito ao funcionário, o rapaz recolheu o produto e entregou-lhe outro. Quase não acreditou e foi logo dizendo “eu não vou pagar a mais por isso, vou?” O Funcionário respondeu que não. “O senhor pode levar, já está autorizado, tenha um ótimo dia e volte sempre”. Seu José voltou para casa muito satisfeito. Dona Gê, gostou muito da nova garrafa e revelou o que havia esquecido. “Meu bem, lembrei, aquela garrafa eu comprei no Pão de Açúcar! Já um amigo não teve a mesma sorte quando quis trocar a cueca. Moço comprei essa cueca aqui e em dois dias ela laceou”. O vendedor examinou o produto e retrucou: “ Meu senhor, o tecido não laceou, foi seu pinto que caiu!”
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