Outra perspectiva de vida
Depois de ontem, passei a ver a vida de uma forma diferente.
Às vezes me pergunto o motivo pelo qual nos deixamos cativar. Sabemos, que de uma forma ou de outra, terá um fim, uma despedida, um adeus, mas ainda assim construímos uma história, lembranças, saudades.
Temos a opção de não ter nada, para não ter do que ou de quem sentir saudade, mas por outro lado, seríamos ocos, solitários. Em vez disso, construímos famílias, mesmo sabendo que nem tudo poderá sair conforme o planejado. Temos filhos, netos, sobrinhos, animais.
Penso que a lembrança por um lado nos faz feliz e por outro, destrói o coração. Por um lado, fica o sorriso ao lembrar de um momento feliz e por outro lado, a tristeza e agonia de querer a presença.
A vida realmente é curta demais para se preocupar com coisas pequenas e detalhes que só conseguimos enxergar com uma lupa. Cada acontecimento triste ou difícil me faz ter cada vez mais certeza de que a minha prioridade é ser feliz, cuidar de quem me faz feliz e não me cair no erro de me apegar a coisas materiais ou ao dinheiro.
É preciso se manter, mas é preciso saber a diferença entre as prioridades. Normalmente quem prioriza o dinheiro e o trabalho, acaba por ser infeliz e sozinho.
Hoje, mais do que nunca, vou priorizar as minhas leituras, meus poucos amigos, minha família, minha escrita e meus cachorros, porque eles sempre me deram carinho e alegria. Porque parece bobagem ficar triste ou se importar demais com um animal, mas pensando bem, eles valem e sabem mais das coisas boa da vida do que uma pessoa.
Depois de ontem, não vou permitir deixar de viver a vida por coisas pequenas.
Quero me deixar cativar cada vez mais pelas coisas simples e bonitas que posso e encontro por aí.