Para Atrair Boa Sorte e
Afastar o Azar
Desde criança, aprendi que os resultados em nossa vida são sempre muito mais fruto de suor do que das bênçãos da mamãe, dos pés de coelho ou olho gordo.
Numa série de vídeos publicitários, uma seguradora europeia mostra que “acidentes não acontecem”. Numa das propagandas, uma bela chef de cozinha diz que se casaria dali a alguns dias, não fosse pelo óleo derramado no chão. Em seguida, pega uma enorme panela e dá alguns passos com ela, até escorregar no óleo e cair, lançando sobre si o conteúdo fumegante. Em todas as peças da campanha, vê-se o desastre e sua vítima, falando do erro que resultou em sua desgraça. O recado é claro: não existe acaso. Tudo acontece em decorrência de atitudes ou da falta delas.
No final de semana, participei de um torneio de tênis. Depois de quase um ano sem jogar, não tenho conseguido treinar por causa da chuva e, pra piorar, amanheci com dor de estômago: meu café da manhã foi sal de frutas. Quando entrei na quadra, meu corpo todo tremia. Pra piorar, enfrentei, logo no primeiro jogo, a campeã do torneio. Foi uma partida tacanha, perdi feio, “de bicicleta: dois pneus”, como chamamos um resultado de 6x0, 6x0. Um baita azar!
Não! Não foi azar. Passei um ano sem jogar porque não cuidei da postura no trabalho e, por isso, lesionei o pescoço. Se o tênis fosse mais prioritário para mim, treinaria mesmo com chuva. Bastaria associar-me a um clube com quadras cobertas. A dor de estômago foi consequência da alimentação descuidada da véspera. Quanto ao fato da adversária ser mais forte... Bem... Eu seria mais forte se me dedicasse mais. Pensando deste modo, tomo para mim a responsabilidade pelo meu fracasso.
Como diz o filósofo Homer Simpson, “a culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser”. Prefiro colocá-la mesmo em mim e não na sorte ou azar. O acaso pode ser ótimo para nos redimir de nossas culpas, mas, por outro lado, torna-se um redutor de possibilidades, castrando nossas perspectivas de melhorias. Assumir a responsabilidade sobre nossos atos é o que nos faz os autores do nosso destino.
Numa série de vídeos publicitários, uma seguradora europeia mostra que “acidentes não acontecem”. Numa das propagandas, uma bela chef de cozinha diz que se casaria dali a alguns dias, não fosse pelo óleo derramado no chão. Em seguida, pega uma enorme panela e dá alguns passos com ela, até escorregar no óleo e cair, lançando sobre si o conteúdo fumegante. Em todas as peças da campanha, vê-se o desastre e sua vítima, falando do erro que resultou em sua desgraça. O recado é claro: não existe acaso. Tudo acontece em decorrência de atitudes ou da falta delas.
No final de semana, participei de um torneio de tênis. Depois de quase um ano sem jogar, não tenho conseguido treinar por causa da chuva e, pra piorar, amanheci com dor de estômago: meu café da manhã foi sal de frutas. Quando entrei na quadra, meu corpo todo tremia. Pra piorar, enfrentei, logo no primeiro jogo, a campeã do torneio. Foi uma partida tacanha, perdi feio, “de bicicleta: dois pneus”, como chamamos um resultado de 6x0, 6x0. Um baita azar!
Não! Não foi azar. Passei um ano sem jogar porque não cuidei da postura no trabalho e, por isso, lesionei o pescoço. Se o tênis fosse mais prioritário para mim, treinaria mesmo com chuva. Bastaria associar-me a um clube com quadras cobertas. A dor de estômago foi consequência da alimentação descuidada da véspera. Quanto ao fato da adversária ser mais forte... Bem... Eu seria mais forte se me dedicasse mais. Pensando deste modo, tomo para mim a responsabilidade pelo meu fracasso.
Como diz o filósofo Homer Simpson, “a culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser”. Prefiro colocá-la mesmo em mim e não na sorte ou azar. O acaso pode ser ótimo para nos redimir de nossas culpas, mas, por outro lado, torna-se um redutor de possibilidades, castrando nossas perspectivas de melhorias. Assumir a responsabilidade sobre nossos atos é o que nos faz os autores do nosso destino.
Texto publicado no jornal Alô Brasília de 26/03/2012 e reeditado do texto homônimo publicado em 03/11/2009.