COM A CORDA NO PESCOÇO

A maioria dos artistas, por sinal, muito bons artistas, não têm condições de manterem os sustento ganhando por sua própria arte. INFELIZMENTE. Por isso fazem cursos que não gostam ou trabalham forçadamente numa coisa que nada tem haver com sua vocação e personalidade. Isso sem dúvidas é uma pena enorme que o artista não reconhecido paga.

Porém, não quer dizer que se o cara passa horas estudando notas e horas com seu instrumento tocando; que o cara que passa horas num ateliê fazendo quadros; o garoto do semáforo fazendo malabares e o poeta que vira noites escrevendo poemas, às vezes uma madrugada inteira pra fazer duas estrofes ou atores que vivem da insigne arte de atuar subalternamente (só porque não estão na Rede Globo de Televisão)... Não pensem que isso é uma forma de Hooby que acharam melhor pra passar o temo. Não, não é NÃO! Estão, na verdade, copiando o mundo e criando paisagens para a vida fique mais fácil para quem tem a nobreza de contemplar a arte. E Isso exige concentração, pensamento, força física e mental.

ISSO É TRABALHO, TRABALHO DURO. Embora não seja recompensado como deveria ser.

Muito artista é taxado como vagabundo só porque não teve, na maioria das vezes, a oportunidade de ser reconhecido e expressar seu trabalho como trabalho, emprego, função ou o escambal. É quase um suicídio; é viver tenso no cadafalso do azar e do desrespeito.

Pior ainda é ver gente ruim pra caralho sendo aplaudido como artista só porque virou a modinha da vez, pois essa mídia ignorante de hoje em dia conseguiu vender e impor uma cultura miserável, enquanto grandes e comprometidos artistas ficam por aí jogados no ostracismo, na exclusão e no exílio da arte.

É triste, mas é uma realidade.