Não me Venha com Essa
Hoje, quero descer o cacete nas intenções. As famigeradas intenções. Não há nada pior do que ouvir: “Ah, eu não tive a intenção”, ou “Mas, a minha intenção era a melhor possível”. Gente! Isso acaba com meus nervos!!! Aceitei esta porcaria por tempo demais... E, me arrependi. Hoje encaro como desculpas esfarrapadas para a insuportável falta de atenção, com que nos tratamos, uns aos outros. Regra, praticamente, sem exceção!!!
Imaginem, um sujeito passa por cima de outro, em múltiplos quesitos, tais como: consideração, respeito, sensibilidade e amizade, causa estragos físicos (porque é impossível não somatizar tal tragédia), psicológicos (abala o equilíbrio central ) e, emocionais ( deixa uma irreparável vontade de NINGUÉM ), e, depois vem dizer, que não teve a intenção?! Ah! Por favor, né?!
Vou me aprofundar, fui criado por pessoas, que se questionadas, vão afirmar de boca cheia, que fizeram o melhor por mim... Eu, lhes digo, que foi uma verdadeira epopeia, um ato heroico, coisa de cabra arretado mesmo, eu não ter me tornado um inútil... Uma ameba castrada!!! Uma vaquinha de presépio, a repetir as mentiras deslavadas, que quase me aniquilaram, durante toda a infância e adolescência. Sei que não sou o único caso. É um equívoco horrorosamente frequente, porque nos projetamos nos outros, em tudo! Anseios, medos, sonhos, frustrações, limitações, até aptidões!!! Claro que, em meu caso, a coisa se agravou pela minha origem inegavelmente alienígena... Tanto que meu registro é poético. Quer dizer!!! Como é que eles iriam imaginar a intensidade de minha sensibilidade. Queriam que eu fosse normal, “bonzinho”, encaixadinho. kkkkk – Só gargalhando, mesmo!
Acabei em Itacaré, sem casa própria, sem carro, sem grana, assumidamente sozinho... Mas, totalmente, preenchido por um lirismo, que me leva a compartilhar o encantado... Por estranhos e, surpreendentes, caminhos, o fruto deste desprendimento levou-me a ser um Acadêmico!!!?!!! ...Leva-me a ficar atiçando meus irmãos pra que enlouqueçam, como eu, e, abandonem as raízes apodrecidas desse capitalismo cafajeste e caduco. Partamos pra algo novo, que seja um pouco mais justo, mais aceitável. Algo que nos una, mas, sem dependência... A união terá que ser uma espontânea consequência, fruto do reconhecimento da importância que todos temos na vida de todos!!!
Todo este processo está explicitamente exposto na natureza. Basta observá-la com os olhos do coração.
Tem poesia e música, no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/08/nao-me-venha-com-essa-somente.html
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