Passava pela vida, somente passava.
Atravessava as ruas da vida, como se fosse uma pomba domesticada. Nunca iria primeiro pensar se devia ou não tomar suas atitudes. Fazia bondades mil a todos que pedissem qualquer coisa. Ajudava a sustentar seu irmão vagabundo e paparicado pela mãe. Desistiu de um romance que mal se iniciava porque seu pai não gostava da família de seu amado. Era uma vaquinha de presépio, dizia amém a tudo. O tempo passava, sua velhice se aproximava. Novos dias com bonitas manhãs e lindos pôr de sóis ela nem via. Sempre estava calada e resignada. Tudo era a mesmice de sempre, não via beleza em nada. Não vivia a vida, apenas vegetava. Assim esperava pela morte. Mostraria esta algo diferente, ou não mostraria?