BANDIDOS
Desculpe a franqueza, mas quando trato de política, infelizmente observo em total profundidade que, pouco importa no que você acredita, pois é no que eu também acredito. O que importa é o que é; como é; e, principalmente, porque é? Porque tem que ser assim? Como mudar? O que fazer pra mudar isso?
Porque se curvar aos pés do descaso e da ignorância quando tratamos de política. Por quê? Por quê?
Ora, a política não é uma vaca com tetas onde temos que buscar nosso espaço pra mamar. Não! A política é muito mais. Ela é a arte que tem tudo a ver em toda nossa vida, desde o momento que nascemos ao momento de nossa morte.
Da certidão de nascimento à certidão de óbito, a política está existente. Do abrir a torneira pra lavar o rosto quando se acorda ao apagar das luzes na hora de dormir, a política é fundamental: no preço da água, da luz, do combustível...
O tributo (popular imposto) é a maior expressão que a política se encontra calada no nosso corpo o tempo todo. Todo mesmo.
Infelizmente temos a ignorância em achar que o “imposto” não é um grande gasto e que ser político pra ‘roubar’ dinheiro público é coisa de esperto. Tanto que odeio essa frase: “ah, se fosse eu, roubava também, ora essa!”
É UMA PENA, MAS É UMA REALIDADE. Infelizmente.
Pra mim, só tenho uma forma de aplacar essa minha indignação: ou me suicido ou vou morar no caribe, botar uma barraquinha de caipirinha e viver no paraíso tropical, eternamente enquanto vida eu tiver. Pois por aqui, o brasileiro tem a mania de pensar que tudo é farra. Até as coisas sérias. Seríssimas como a política.
Contudo, ainda me resta a esperança que isso um dia mude.
A pessoa ver eclodir na Europa uma crise e o povo na rua reivindicando, lutando, brigando, protestando... Me dá orgulho dos europeus.
Já em Macau-RN (cito-a porque é a cidade onde fui criado, me fiz homem, e mantenho meus domicílios residencial, profissional e eleitoral), cidadezinha afogada na merda do abandono político, ver o povo indo 'farrar' homenageando com fanatismo candidato "A" e "B" que só afogaram e afogam o povo na miséria enriquecendo sozinhos me causa nojo, ojeriza integral. Meu principal questionamento é: E O DINHEIRO PÚBLICO ONDE ESTÁ?
Também vejo outra alternativa: rasgar meu título de eleitor e abandonar minha cidadania de vez. Embora esteja eu assim desprezando minha dignidade humana, já que a cidadania deveria ser a maior expressão de dignidade.
Bom, então, mas se já estão cagando para a minha cidadania, melhor que seja eu quem a mate, a crucifique e despreze esse bando de bandidos disfarçados de homens de bem.
Um bando de urubus vestidos com penas de andorinhas.
É triste, mas é uma verdade!