OS SINOS...
Os sinos festejam a alegria e a tristeza, anunciam a vida e a morte, e outros acontecimentos. O que ocorreu e poderá ocorrer, perigos, catástrofes, eventos.
Traz prazer em fantásticas exclusividades, concertos em grandes grupamentos de sinos nas igrejas da Europa. Os sineiros aparelhados em seu ofício são maestros.
Quem tem o privilégio de ouvir sinos em sua cidade tirou uma sorte de poucos. Os sinalizadores de horários, como doze horas e seis horas da tarde, são envolventes.
Mas os sinos são chamamento para ida ao templo, os que querem e usufruem de suas dádivas, principalmente a paz ofertada.
As igrejas mostram a história e festejam suas presenças através dos sinos. Na Normandia o traçado histórico que nos libertou da sanha nazista está presente nas igrejas em várias projeções historiografadas e cantada em sineiros.
Não conheço lugares melhores para ouvir o silêncio do que igrejas vazias e parques verdes com pouca frequência. Estes, surpreendentemente, mesmo como ilhas encravadas em grandes metrópoles, nos carregam em seus braços para outras viagens, as do sossego que ascende banhado de verde.
A paz absoluta habita estes lugares.....só não a sente o insensível, embrutecido pela corrida da urbe, louca e desalentadora.
É possível ouvir o silêncio mesmo no meio da multidão, mas falo do silêncio absoluto, desconhecido da rotina e inacreditavelmente diferente de tudo no vendaval em que vive a humanidade.
Estes momentos configuram a certeza de que o homem nasceu para a paz, embora não a encontre movido pela vaidade, pelo egoísmo e ainda na necessidade absurda de dominação e poder.