A POLITICAGEM QUE REINA NO BRASIL

A POLITICAGEM QUE REINA NO BRASIL

“Se você teve uma noite mal dormida, uma desavença no lar, um revés no trabalho ou nos negócios, supere o abatimento que vem como coisa normal. Afaste os sentimentos de revolta e pessimismo. Ponha o pensamento em direção ao alto, não aceite caminhar para o insucesso, a fim de não atraí-lo”. (Lourival Lopes).

A política brasileira tem em seu bojo, políticos que não compactuam e nem cumprem as prerrogativas e as promessas, pontos principais de quem quer ser eleito e aproveitar as bonanças que a função política lhes proporciona. Um representante de uma coletividade, de uma sociedade, de um modo geral, deve ter a ética política como ponte forte. No entanto, o filme queima sempre e as promessas tem lugar certo, os ralos da não produção. As promessas relatadas em palanque deveriam ser gravas e posteriormente cobradas, visto que ao ser eleito e assumir o mandato, o esquecimento toma conta dos eleitos. Depois vêm as desculpas esfarrapadas e a falta de orçamento é o empecilho para cumprimento das promessas. Nunca na história do Brasil, o País conviveu com tantas corrupções, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, peculato, formação de quadrilhas e outros crimes que nos enojam e nos decepcionam.

Os poderes públicos não podem tiranizar, com o subterfúgio de autoridades, sem incorrerem na violencialização. Nem devem fazer injustiças, nem fortificar-se em prejuízo da população pobre, marginalizada e até criminalizada. Quando a política fraqueja a tendência natural é a ascendência da violência em todos os setores. A maioria dos políticos deixa à margem da lei e da sociedade muitas pessoas, principalmente as de menor poder aquisitivo. Educação, Saúde e Segurança, a tríade mais opaca e onde os políticos desonestos pintam e bordam. As licitações normalmente são viciadas e a desculpa sempre anunciada é qua Previdência Social está falida. A cada dia que passa a mídia anuncia novos casos de corrupções e novos envolvidos são mostrados a população.

Professor Luizinho, Romeu Queiroz, Cristiano Paz e Ramon Hollerback, Kátia Rabelo, Delúbio Soares e João Paulo Cunha. Esses são alguns dos personagens do maior escândalo de corrupção dos últimos anos e descobriu-se que, dentro ou fora da vida pública, a maioria acumula poder e influência pelo País. Empreiteiros afirmam que de 8% das verbas destinadas ao Rodoanel alimentariam o caixa dois das campanhas tucanas. Parlamentares governistas e da oposição fazem acordo para evitar depoimentos do ex-governador José Serra e do homem-bomba do DNIT e mostram que não têm interesse em investigar nada que a Polícia federal já não sabia. Blindados os governadores Perillo e Queiroz falaram durante horas, mas foram poupados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). O PMDB sem energia: Apadrinhados de caciques do partido são varridos do primeiro e segundo escalões do governo – e confirmam a estratégia do Planalto de tirar poder da legenda.

Desde o início do governo Dilma, o PMDB perdeu cargos de primeiro e segundo escalões em setores estratégicos. Jorge Zelada diretor internacional da Petrobras; Elias Fernandes diretor do departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS); José Antonio Muniz, diretor da Eletrobrás; Evangevaldo dos Santos, presidente da Conab; David José de Matos, presidente dos Correios e Carlos Nadalutti Filho, presidente de Furnas. É uma briga titânica por funções de destaque no governo e a população fica em terceiro plano. Vejam mais uma falcatrua envolvendo membro do Partido dos Trabalhadores (PT): O petista Domingos Dutra, um dos principais deputados da Comissão de Direitos Humanos, é acusado de cobrar parte do salário de funcionários que contratou, mas que liberou do trabalhou.

Segundo a ex-chefe de gabinete de Dutra, o petista usava assessores parlamentares para atividades particulares. Márcia Rabelo diz: “Eu servi de capacho dela (Regina Abreu) muitas vezes e tinha funcionária do gabinete que passava três dias redigindo petição para ela”, diz Márcia, que também revela que foi obrigada por Núbia a devolver parte do salário. Depositei o dinheiro na conta de uma menina que trabalha com ela. Tenho o recibo diz. Nubia Dutra Feitosa era encarregada de cobrar a devolução do dinheiro pago aos assessores. É vergonhoso um País com a sexta economia do mundo, considerado emergente viver atolado em corrupções, formações que quadrilha, onde uma corja de políticos desonestos esquecem os eleitores e querem açambarcar tudo que veem pela frente. É uma ganância sem proporções, onde uma grande parte quer aumentar seus patrimônios sem fazer nenhum esforço.

Conexão Cayman – Ministério Público vai investigar empresas localizadas em paraísos fiscais, que seriam usados pelo deputado e ex-prefeito de Barueri Gil Arantes, acusado de comandar esquema de compra e venda irregular de terras públicas. Arantes tinha negócios escusos com oito empresas sediadas em paraísos fiscais. Nas investigações, descobriram que além da Maximus, ele representa outras oito empresas sediadas em paraíso fiscais, como Uruguai e as Ilhas Virgens Britânicas. Além de Eufrásio, as mesmas empresas, também são representadas no Brasil por Kunio Sato, sócio da Hentom Brasil, uma das novas controladoras as Santa Thereza.

Onde estão os homens de bem desse querido País? Ninguém sabe ninguém vi. Aqui inserimos com muita alegria o que a grande Raquel de Queiroz de saudosa memória, a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, publicada na revista “O Cruzeiro”, de 11/01/1947. Vejam que ensinamentos de uma mulher altamente inteligente e que fala de política e políticos. Não sei se vocês têm meditado como devem no funcionamento do complexo maquinismo político que se chama governo democrático, ou governo do povo. Em política a gente se desabitua de tomar as palavras em seu sentido imediato. No entanto, talvez não exista mais do que esta expressão nenhuma nas línguas vivas que deva ser tomada no seu sentido mais literal; governo do povo.

Porque numa democracia o ato de votar representa o ato de fazer o governo. Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar por determinado prazo de tempo. Escolhem-se pelo voto aqueles que vão modificar as leis velhas e fazer as leis novas – e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A lei nos pode dar e nos pode tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos alumia, até os sete palmos de terra da derradeira moradia. Escolhemos igualmente pelo voto àqueles vão cobrar impostos e, pior ainda, aqueles que irão estipular a quantidade desses impostos.

Vejam como é grave a escolha desses “cobradores”. Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria nos chupar a última gota de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do bolso. E, por falar em dinheiro, pelo voto escolherem-se não só aqueles que vão receber guardar e gerir a fazenda pública, mas também se escolhem aqueles que vão “fabricar” o dinheiro. Esta é uma das missões, mas delicadas que os votantes confiam aos seus escolhidos. Pois, se a função emissora cai em mãos desonestas, é o mesmo que ficar o país entregue a uma quadrilha de falsários.

Eles desandam a emitir sem conta sem limite, o dinheiro se multiplica tanto que vira papel sujo. E o que valia mil, hoje não vale mais zero. Não preciso explicar muito este capítulo, já que nós ainda nadamos em plena inflação e sabemos a custa a nossa fome o que é ter moedeiros falsos no poder. Esta é uma parte em que a grande Raquel de Queiroz em 1947 pensava dos políticos que governavam o Brasil. Será que ainda teremos um líder para mudar a situação calamitosa por qual passamos? Só Deus sabe, Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA AC- DA UBT- DA AVSPE- DA AOUVICE E AS ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 25/08/2012
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