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Manhã Encantada!
 
 
                   A manhã nasceu abusada. Começou cinza, depois foi se azulando, despudoradamente. Escancarou-se! Linda! Magnífica. Um pouquinho fria, para meus padrões, mas, espetacular.  Como de costume, distribuí as bananas pela tela divisora do sítio onde moro. Alguns segundos depois, a balbúrdia estava formada. Reparei, uns sons diferentes, mais estridentes... Saí pra verificar no quintal do fundo. Em frente à porta da cozinha, há um coqueiro exuberantemente alto. O mais alto! Dá pra ver o exibido de longe... Pois bem, em duas de suas palhas, havia um grupo de (suponho) animadas maritacas.  Praticamente, destronquei o pescoço, de tanto ficar olhando pra cima. Claro, chamei Wé e Narlei para verem o espetáculo novo, que acabava de estrear em nosso magnífico teatro!!!
                   Deixei-os apreciando e voltei a escrever, tentando terminar a poesia pra publicar pela manhã, antes de minha aluna de inglês chegar... Poucos minutos depois, Wé veio me avisar que os miquinhos tinham acabado de chegar. Larguei tudo, catei umas bananas e fui pra tela distribuir os pedacinhos... Rapidinho, começaram a descer, ainda que, um pouco assustados com outras pessoas... Mas, a confiança em mim, foi mais forte, além, é claro, da fome!!! Foi uma festa, vieram dois grupos grandes. Mal dava pra eu repor as bananas, e, lá estava outra turma, com aquelas carinhas irresistíveis, aquelas mãozinhas, que parecem de brinquedo... Olhem, meus amigos, sou completamente louco por eles. Sinto falta, quando não aparecem. Quando vêm aqui, meu dia cresce. Fico melhor!!!
                   Narlei estava ao meu lado, viajando comigo, na beleza do encontro do verde com o azul! Absolutamente, demais! De repente, ela me alerta para uma cena linda, motivo desta crônica. Em um coqueiro ao lado de casa, sobre uma palha, banhada pelo sol, estavam dois miquinhos. Não era possível distinguir o sexo, provavelmente, um casal trocando carinho... Coçavam a cabeça, o peito, a barriga, um do outro, em demonstrações explícitas de afeto. Não sei se consegui retratar toda a poesia da cena. Vou reforçar: céu azul, coqueiro alto, uma das palhas sob o sol. Nela, um par de miquinhos, troca carícias, visivelmente... afetivas... Constrangedoramente, sinceras!!! Amigos, foi demais! Até mesmo, para este coraçãozinho, já meio acostumado às surpresas da natureza. Mas, toda demonstração de carinho, me comove. De verdade, e, com intensidade. Ficamos ali olhando aquilo, entre suspiros escandalosos e interjeições indiscretas!   
                      Sinto-me, pra não variar, absolutamente arrebatado. Vontade de sair por aí, alertando, acordando... Quem sabe, abraçando!!!
                       Gente: o mundo é, está, na natureza!!!






O término, em poesia, no link abaixo:

http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/08/manha-encantada-teclado-alado.html



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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 23/08/2012
Código do texto: T3845567
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