Uma escola para Amar

Revendo alguns álbuns de fotografias dos tempos escolares me tornaram em mente tantas recordações ligadas aquele período da minha vida.

Frequentei tanto escola pública como particular e me formei no sistema público de ensino,vivendo aquele empenho como um investimento para meu futuro.Não era talvez a mais inteligente,mas sem dúvidas uma das mais interessadas alunas,obtendo sempre ótimos resultados.Desde pequena parecia já interessada pela Educação e o esforço dos estudos era aliviado pela convicção de que a formação poderia ser uma oportunidade para realizar com maior aptidão o meu sonho.Agradeço ao Pai Celeste pelos pais maravilhosos que me deu,pois estes sempre apoiaram as minhas decisões,fazendo-me escolher o percurso escolar que melhor respodesse as minhas inclinações,sem jamais fazerem me sentir obrigada. Gostava de estudar,fui até oradora da turma ginasial e mais adiante, bolsista em programa de pesquisa da universidade,conseguindo me formar com excelentes notas não para agradar alguém mas porque tinha sede de conhecimentos.Gostava de Inglês e Italiano,então fui também estudar essas línguas estrangeiras. Todos aqueles livros para estudar me permitiam indagar,perceber melhor a diversidade do gênero humano,inclusive eu mesma.Ainda hoje me surpreendo!Além do mais,falar a língua de pessoas que viviam num contexto diferente do meu me permitia romper fronteiras e me fazia sentir parte integrante da grande e estraordinária família humana.Não nego que às vezes a canseira e os pesadelos dos testes orais se fizesse presente querendo,mas não conseguindo dominar.Na verdade disso não sinto saudades!

Através da Internet encontrei algumas colegas e ex-professoras da faculdade,o que foi muito bom para mais uma vez poder confirmar que sempre amei todas as minhas escolhas,igualmente aquela dos estudos.

Toda essa abordagem retrospectiva da minha vida para dizer que a escolha pedagógica para a vida escolar dos nossos filhos é fundamental para a felicidade deles,porém,não podemos sobrepor a eles os nossos próprios sonhos e ou frustrações.

Nossa sociedade precisa de pessoas qualificadas é verdade,mas que sejam também capazes de se colocar a serviço do bem comum.

A escola está muito mudada da época em que frequentei(terminei o ensino fundamental em 1988)mas,apesar de todas as novidades,principalmente as tecnológicas,não creio que seja superada a necessidade de um trabalho conjunto com as famílias.Acredito que é necessário reclamar,exigir com direito fundado no investimento em instrução,em Educação!Dos jovens depende o futuro da sociedade.Considero fundamental que cada família possa escolher qual escola quer para os filhos.Sou contrária às escolas caras,que talvez sejam mais acessoradas,mas acessíveis à minoria da população.Não sei a fundo sobre o projeto de lei aprovado pelo governo brasileiro sobre a cota às universidades federais a alunos provenientes das escolas públicas,mas já de antemão vejo este como um passo positivo visto que na maior parte quem frequenta o ensino público federal provém quase sempre de custosas escolas particulares,o que é uma grande contradição.

Pode ser utópico,porém,é necessário garantir ao menos em termos de Saúde e Educação, oportunidades iguais a todos,independemente da classe econômica pertencente.

Pensar em escola é pensar em professor e esses devem ser lembrados com reconhecimento!Dos meus,guardo recordações maravilhosas por tudo que me transmitiram.A eles,envio através dessa crônica um abraço cheio de gratidão!