DICOTOMIAS
Não tenho certeza se quero ser despertada novamente. Não sei se quero continuar adormecida indefinidamente. E sempre terei essa dúvida. Ambas as situações possuem pros e contras, decidir nunca foi meu forte. Algumas decisões foram desastrosas e talvez até por isso vivo nessa dicotomia. Não tenho segurança alguma em saber para qual lado ir, ou quando devo dizer não ou permitir. Cheguei num ponto onde dói demais sofrer consequências pelo caminho que escolhi e não deveria. Arrependimento? Sinto. E é tolo aquele que afirma categoricamente que prefere sofrer pelo que fez do que pelo que deixou de fazer. Na prática, a teoria não é tão bela assim. Fazer machuca e pode ser mais letal que a inércia. E no fundo sabemos que jamais saberemos qual a melhor opção na hora de decisões, mas não saber é o desafio em viver. E mais uma vez vejo a bifurcação: desperto ou deixo dormir?