22ª BIENAL DO LIVRO

Nesse final de semana, eu estive pela segunda vez na 22ª Bienal do Livro de S.Paulo.

Trata-se de um mega evento em todos os sentidos.

Nos estandes montados no centro de convenções do Parque Anhembi podiam ser encontrados os livros referentes à, praticamente, todas as atividades humanas, com preços e formatos os mais diversos.

De conjunto de três livrinhos infantis por R$ 5,00 até coleções bem acima dos R$ 1.500,00 estavam eles expostos em tabuleiros, estantes, caixas, balcões... tudo ao alcance de todos para serem manuseados, sentidos, admirados, desejados e adquiridos pelos visitantes que não paravam de chegar.

Os livros que mais chamavam a atenção dos miúdos eram uns grandalhões de 60x50cm para serem coloridos, impressos em preto e branco, de cenas familiares, rios, fundo do mar, florestas, princesas, ogros, dinossauros, animais atuais e seus filhotes, personagens de histórias, do folclores e vultos da nossa história...

Em quase todos os corredores, pessoas de várias idades, sentadas no chão, lendo ou simplesmente folheando aquele objeto do desejo, recém-adquirido, tudo dentro do clima de festa, onde autores e público confraternizam em clara demonstração de que o livro de papel ainda não foi arranhado pelas formas virtuais de leitura.

Outro fato notório foi que a minha noção de multidão foi radicalmente alterada.

Até então, para mim, multidão era a formada pelos, mais ou menos, um milhão e seiscentos mil foliões que acompanham o Bloco de Máscaras Galo da Madrugada, pelas ruas estreitas dos bairros de Santo Antonio e São José, no sábado de Zé Pereira, no Recife, fazendo com que o Galo figure no Guinness Book, como o maior bloco carnavalesco do mundo.

O que eu vi no Anhembi, num único espaço, foi perto de dois milhões de leitores e de futuros leitores, na divertida e meritória busca pelo prazer que só a leitura e a magia do livro podem proporcionar.