A PRAIA (Phellipe Marques)

Caminho pela praia deserta durante o dia até o anoitecer, observando a marcha harmônica das marés e sentindo em meu rosto a doce brisa do mar.

Desbravador solitário das trilhas do amor, enfrento corajosamente a mente traiçoeira e o coração vacilante, pois lá ao final está minha estrela, brilhante em si e além de toda escuridão.

O mundo já foi outro, mais vivo, mais feliz e mais significativo em si.

Não somente desbravador, vi-me um observador das coisas do amor.

Doce ilusão é buscar nos atalhos a essência da vida, pois quando seres navegam pelas águas do mar e fundem-se ao oceano ilimitado do amor verdadeiro, tudo acaba por transformar-se em poesia.

Doce ilusão é seguir a mente embaçada pela escuridão da praia deserta quando brilha no céu o astro maior de nossas vidas.

Queria poder voar, chegar perto daquela estrela e poder tocá-la, mesmo que o fogo me tomasse por completo e que morresse como luz universal.

Quem sabe não me torno um astro, envolto à sua essência de luz.

Não estou sonhando, o brilho ainda existe, a claridade, a trilha a seguir está bem perto; tudo está em mim, no coração do poeta que ama desde a raiz.

E se estiver sonhando, que seja então em arte, poemas e crônicas, sentindo com a minha própria vida as notas do seu coração, cruzando a praia deserta ao lado da estrela que me faz feliz.










Phellipe Marques
Enviado por Phellipe Marques em 20/08/2012
Reeditado em 21/08/2012
Código do texto: T3839944
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