FICÇÃO...........

Vivemos em um mundo de surpresas...e constatações. Tudo parece ser ficção, e é de uma certa forma. Estaríamos em uma nave viajando para o nada.... A justiça, sempre esperada pelos justos, resta em ficção. Olhem e vejam em qual esplanada se encontra a humanidade. Mergulhou no “ter” e deixou de “ser”. É utopia? Não, configura realidade, que seria (condicional) felicidade.

E a vida é um sopro.. Mas desde os tempos mais longínquos, mesmo bíblicos, é assim. Lamentavelmente começou assim.. Caim e Abel, a marca do ter com a chaga da inveja, matar para ter mais, ser reconhecido pelo “Abba”, Deus.

E de lá para cá nada mudou. É verdade....mata-se por tudo, direta ou indiretamente, dominação, apreensão, corrupção, incorreção, desvios, com mais ou menos punição em nações “a” ou “b”, pontualmente, episodicamente.

Os melhores rincões internacionais, que respeitam direitos fundamentais, são quase sempre os de menores territórios, mais educação e efetivo controle.

Na sua maioria, escutada a história, viajamos para o nada......onde os iguais se desrespeitam, e a consciência dos “bandidos”, assim entendidos os que rejeitam o respeito ao proximo (as normas), vê-se com tranquilidade, acham que o errado é o certo em seus códigos.

Chamamos um exemplo bem sob os olhos, embora o nome nem goste de citar. O tal “Cachoeira”, se referindo a outro quadrilheiro, via telefone, gravação estampada na mídia da grande imprensa, dizendo que quem faltou ao compromisso da quadrilha precisava correção, era um malandro, um bandido.

Sua condição ele desconhecia....E quantos que se inserem em cargos públicos estão ligados aos favores dessa personalidade? Incontáveis..

Um dos maiores romanistas de todos os tempos, Rudolf Von Ihering, decretou: “O direito existe para realizar-se”. Essa foi a finalidade essencial de sua criação, e seu surgimento teve esse escopo. Mas desde sua formalização em códigos de conduta social, ele mais se aproxima da ficção do que da realização. Mas isso não arrefece a constante luta em que se debate para não só realizar-se, mas para conquistar novos padrões. É combate sem muitos ou quase nenhum resultado positivo.

Novas conquistas como a erradicação (em parte) da escravização formal é avanço. Mas efetivamente é o ÚNICO SALDO POSITIVO QUE DEPREENDO DO CONTEXTO.

Não devemos arrefecer diante desse dado assustador, pugnar sempre e principalmente pela educação, obrigação do governo que recebe escorchantes impostos do povo.

Nesse mar de tormentas permanentes, embora não se realize o direito, fazendo de sua índole ficçaõ, na vontade de sobreviver lutando pela realização e melhoria, estabelecendo-se de forma impositiva e desejável, venceram-se os tempos. Mudaram os dogmas de direito, não mudaram os homens. Isso reflete a irrealização da concretização de suas finalidades, harmonia social pelo respeito dos direitos e cumprimento dos deveres.

O homem está no centro do mundo...mas é ele o responsável por tudo.

Passando por todas as regras, de natureza pública e privada, as normas ficam sob o pêndulo da natureza humana. Nascem dela e a ela se dirigem, por isso a dificuldade da implementação de seus fins. A impessoalidade não comanda o arbítrio humano.

Uma vista geral sobre a estrutura das regras, desde a mais simples até as que se propõem regular o interesse internacional como os Direitos Humanos ditados pela ONU em 1948, mostram que o interesse particular de cada nação, compromete o interesse geral da comunidade internacional, no momento em que as regras têm que registrar efetiva aplicação para fechar um interesse maior.

Quase sempre, ou sempre, há descumprimento pelo interesse maior. Um ou outro, mais poderoso, veda o cumprimento do que se esperava para que o direito de todos se unisse e uma violação fosse abortada.Começa a incidir a ficçaõ de uma vontade que seria geral.

Esse fenômeno, por força da natureza humana, acontece em todos os compartimentos da sociedade, em todas as células sociais, e transformam o direito em ficçaõ dimensionada.

LAMENTA-SE........MAS A LUTA CONTINUA.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/08/2012
Reeditado em 20/08/2012
Código do texto: T3839853
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