A MESA
A MESA
A fina flor das cores disposta na mesa...
Almas gêmeas ligadas pelo símbolo dos sorrisos...
Recados e mensagens em blocos, bilhetes e processos.
Uma agendinha em desuso repousa, porque a vida é mais dinâmica do que as agendas...
Um relógio indica que as horas reais se passam em outro tempo...
O computador pede a senha. Na espera não pude contatar-me ao mundo “on line”...
Alguém aqui é guia para gerenciar projetos que pairam além dos brasões da República, que publica sua incompetência para gerar a justiça e sua competência para manter as desigualdades...
Chovem diretrizes e deságuam rios de novos modelos para realizar o que já havia sido feito...
Na mesa repousa a fina flor dos papéis e logomarcas.
E eu paro para olhar o par de escovas e o kit cosmético da Access...
Ainda bem que aqui se pode apreciar aqui um pouco de irreverência em meio ao que poderia ser um indigesto modelo burocrático de repartição pública...
Re- partida para não servir, ou mesmo oferecer “des-serviços”.
Ainda bem!...