Para todos os amigos e amigas do Recanto das Letras que compartilham suas experiências e talento, deixo aqui minhas lembranças.
Andando pela estrada, pensando em todas as coisas que ficaram para trás, passei em frente aquela velha fazenda,onde fui muito feliz na minha curta infância. Perdida em minhas lembranças, não resisti e diante da porteira, naquela estradinha de barro, parei o carro e decidir contempla-la um pouco, mesmo que a distancia.
Lembranças felizes me vieram junto com lagrimas, que teimavam em cair sobre meu rosto.
Já se passaram tantos anos desde a ultima vez que sai dali... E agora sentada no capo do carro fiquei á imaginar como estaria hoje aquele casarão... Teriam os novos donos conservados nossos moves rústicos? E aquele velho fogão a lenha onde cedinho nossa cozinheira teimava em preparar nosso café da manhã? Será que ainda existia?
Acho que sim, ele era tão grande, ocupando seu lugar de destaque na cozinha... Seria até um pecado arranca-lo dali.
Um sorriso veio em meu rosto ao me lembrar de nossa cozinheira resmungando, só Deus sabe o que, quando mamãe perguntava por que ela não usava o fogão a gás.
E aquela velha mangueira que ficava no fundo do casarão? Teria resistido ao tempo? Talvez, pois quando nasci ela já existia, com certeza ainda vivia e produzia frutos tão doces como minha curta infância.
De onde estava não dava pra ver muito, mas pude notar o movimento dos vaqueiros na lida com gado. Ali continuava o estábulo, onde quando pequena costumava passar pela vigilância da baba e ficava esperando nosso gado chegar dos pastos, acompanhado dos vaqueiros. Nunca tive medo, conhecia cada cabeça de gado. O engraçado era que papai costumava dar nome aos animais, mesmo sabendo que os criava para o abate. Quando criança não entendia porque tinham que levar o gado da fazenda justamente quando eles estavam mais bonitos.
Como é bom ser criança, nada sabíamos, mas ainda assim fomos felizes... A velha casa da arvore com certeza não existia mais! Aquele espaço era disputado a tapas com meu irmão. Minha irmã era ainda muito pequena pra subir sozinha e nós, claro, nunca ajudávamos ela.
E nas brigas com meu irmão eu sempre acabava ganhando, era mais chorona e meu irmão sendo mais velho, bastava me ver chorar para saber de que lado papai ficaria.
Senti impulso de entrar e cumprimentar os novos donos, mas sabia que tal coisa seria impossível. Aquela velha fazenda hoje era dos inimigos numero um de nossa família, ela foi vendida a eles para irritar a família do meu finado pai, família que meu irmão aprendeu a odiar.
Mesmo sabendo que não seria reconhecida preferi não arriscar, se hoje ela pertence aquela família, foi porque assim meu irmão mais velho, para afrontar nossos avos paternos, decidiu, e mesmo contrariada com tal decisão, preciso aceitar isto.
E depois de ver que os empregados mesmo a distancia já me olhava meio desconfiados, entrei no meu carro e seguir viagem, deixando pra trás velhas lembranças...
Andando pela estrada, pensando em todas as coisas que ficaram para trás, passei em frente aquela velha fazenda,onde fui muito feliz na minha curta infância. Perdida em minhas lembranças, não resisti e diante da porteira, naquela estradinha de barro, parei o carro e decidir contempla-la um pouco, mesmo que a distancia.
Lembranças felizes me vieram junto com lagrimas, que teimavam em cair sobre meu rosto.
Já se passaram tantos anos desde a ultima vez que sai dali... E agora sentada no capo do carro fiquei á imaginar como estaria hoje aquele casarão... Teriam os novos donos conservados nossos moves rústicos? E aquele velho fogão a lenha onde cedinho nossa cozinheira teimava em preparar nosso café da manhã? Será que ainda existia?
Acho que sim, ele era tão grande, ocupando seu lugar de destaque na cozinha... Seria até um pecado arranca-lo dali.
Um sorriso veio em meu rosto ao me lembrar de nossa cozinheira resmungando, só Deus sabe o que, quando mamãe perguntava por que ela não usava o fogão a gás.
E aquela velha mangueira que ficava no fundo do casarão? Teria resistido ao tempo? Talvez, pois quando nasci ela já existia, com certeza ainda vivia e produzia frutos tão doces como minha curta infância.
De onde estava não dava pra ver muito, mas pude notar o movimento dos vaqueiros na lida com gado. Ali continuava o estábulo, onde quando pequena costumava passar pela vigilância da baba e ficava esperando nosso gado chegar dos pastos, acompanhado dos vaqueiros. Nunca tive medo, conhecia cada cabeça de gado. O engraçado era que papai costumava dar nome aos animais, mesmo sabendo que os criava para o abate. Quando criança não entendia porque tinham que levar o gado da fazenda justamente quando eles estavam mais bonitos.
Como é bom ser criança, nada sabíamos, mas ainda assim fomos felizes... A velha casa da arvore com certeza não existia mais! Aquele espaço era disputado a tapas com meu irmão. Minha irmã era ainda muito pequena pra subir sozinha e nós, claro, nunca ajudávamos ela.
E nas brigas com meu irmão eu sempre acabava ganhando, era mais chorona e meu irmão sendo mais velho, bastava me ver chorar para saber de que lado papai ficaria.
Senti impulso de entrar e cumprimentar os novos donos, mas sabia que tal coisa seria impossível. Aquela velha fazenda hoje era dos inimigos numero um de nossa família, ela foi vendida a eles para irritar a família do meu finado pai, família que meu irmão aprendeu a odiar.
Mesmo sabendo que não seria reconhecida preferi não arriscar, se hoje ela pertence aquela família, foi porque assim meu irmão mais velho, para afrontar nossos avos paternos, decidiu, e mesmo contrariada com tal decisão, preciso aceitar isto.
E depois de ver que os empregados mesmo a distancia já me olhava meio desconfiados, entrei no meu carro e seguir viagem, deixando pra trás velhas lembranças...