RESPOSTAS PARA O SUCESSO E FRACASSO!
Esse texto, é uma analise de um e-mail que eu recebi, que conta a estória de dois irmãos, uma estória que se confunde com histórias de vida de milhões de brasileiros e brasileiras. João e Mário conviveram durante a infância e a adolescência com uma série de problemas causados principalmente pelo seu pai, que era alcoólatra. Tiveram péssimos exemplos, sua mãe era maltratada, e toda essa situação vivenciada pelos dois teve influência direta no futuro de cada um.
Porém, eles traçaram destinos completamente diferentes para as suas vidas. Então, o autor do e-mail sugere o seguinte: “O que aconteceu é o menos importante. O que realmente importa é o que você vai fazer com o que aconteceu”.
Coloquei-me a analisar a estória desses dois homens, e a estudar a conclusão do autor. Em seguida as confrontei com a realidade, e agora, exponho as minhas conclusões. Qual influência o meio em que você vive terá sobre o seu futuro? Ser bem sucedido ou fracassado é resultado do que?
Vamos ao texto “A vida de João e Mário” (quem já o leu pode pular essa parte):
João e Mário
João era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade. Pela manhã, após tomar o café com a esposa e os filhos, João deu um longo beijo em sua amada e, em silêncio, fez a sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida, seu trabalho e suas realizações. Levou os filhos ao colégio e se dirigiu a uma de suas empresas. Chegando lá, cumprimentou com um sorriso os funcionários, inclusive dona Tereza, a faxineira.
Tinha ele inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos da empresa, contatos com fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para a sua secretária foi: _ Calma, façamos uma coisa de cada vez, sem estresse!
Saiu para almoçar em casa com a família e à tarde tomou conhecimento do faturamento das empresas que, naquele mês, superou as expectativas. Por isso anunciou que os funcionários teriam gratificações salariais no mês seguinte.
Apesar da sua calma, ou talvez por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado para aquele dia. Como já era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar e depois foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação para vencer na vida.
Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mário. Como fazia em todas as sextas-feiras, Mário foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Já chegou lá nervoso, pois estava desempregado. Um amigo seu tinha lhe oferecido uma vaga em sua oficina como auxiliar de mecânico, mas ele recusou, alegando não gostar do tipo de trabalho.
Mário não tinha filhos e estava também sem uma companheira, pois sua terceira mulher, partiu dias antes, dizendo que estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil. Ele estava morando de favor, num quarto imundo no porão de uma casa.
Naquele dia, Mário bebeu mais algumas. Jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora. Ele pediu para pendurar a sua conta, mas seu crédito havia acabado, então armou uma tremenda confusão... e o dono do bar o colocou para fora.
Sentado na calçada, Mário chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando seu único amigo, o mecânico, apareceu após levá-lo para casa e curando um pouco o porre, ele perguntou a Mário: - "Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?"
Mário então desabafou:
- A minha família... Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe, já doente, morreu por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Tinha um irmão gêmeo, chamado João, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma!
Enquanto isso, na outra capital, João terminava sua palestra para estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta:
- "Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?"
João emocionado, respondeu:
- A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe já doente, morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido de que não seria, aquela, a vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, chamado Mário, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.
Moral da história:
O que aconteceu com você até agora não é o que vai definir o seu futuro, e sim a maneira como você vai reagir a tudo que aconteceu. Sua vida pode ser diferente, não se lamente pelo passado, construa você mesmo o seu futuro. Encare tudo como lição de vida, aprenda com os seus erros e até mesmo o erro dos outros. O que aconteceu é o menos importante. O que realmente importa é o que você vai fazer com o que aconteceu.
Será que a moral da história pode ser trazida a realidade em que vivemos? Para encontrar a resposta, penso que devemos analisar, embora seja simples demais, as reações humanas quando confrontadas a estímulos do meio em que vivem.
Primeira reação: A pessoa que reage de modo positivo. Considero aqui que reagir positivamente a um evento do mundo externo significa reagir após refletir sobre o ocorrido de maneira positiva, isto é, ter uma reação oriunda de um pensamento “positivo”. Quem reage aos estímulos externos de maneira otimista, crê que por mais que tenha que passar por percalços de todos os tipos, sempre irá conseguir alcançar suas metas.
Segundo: A pessoa que reage de modo neutro. Esse tipo de pessoa pensa que “tanto faz como tanto fez”. É como diz o Zeca pagodinho na sua música: “Deixa a vida me levar, vida leva eu...”. Essas pessoas têm como principal característica total resignação com o que acontece nas suas vidas. No dicionário, a palavra “conformado” significa “Aquele que se conforma, resigna, acomoda com infortúnios, vicissitudes, desconfortos, desgraças”. Simplesmente não reagem aos estímulos do meio.
Terceiro: A pessoa que reage de modo negativo. Esse tipo de pessoa é o oposto do tipo de pessoa que pensa positivo. Acham que tudo o que acontece de ruim um dia irá acontecer com elas, que elas são “pára-raios” que atraem desgraças. Na sua concepção, elas são a má sorte em pessoa. Diferentemente dos acomodados, reagem a estímulos externos, e divergem dos positivos porque sempre acreditam que não conseguirão alcançar seus objetivos. (Nesse texto, não vou levar em questão esse tipo de personalidade).
Agora, irei ordenar os irmãos Mario e João, cada qual dentro da sua classe de pessoas específica (positivo, neutro ou negativo).
Mário representa o tipo de pessoa com personalidade “neutra”. Esse é Mário:
Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mário. Como fazia em todas as sextas-feiras, Mário foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Já chegou lá nervoso, pois estava desempregado. Um amigo seu tinha lhe oferecido uma vaga em sua oficina como auxiliar de mecânico, mas ele recusou, alegando não gostar do tipo de trabalho.
Mário não tinha filhos e estava também sem uma companheira, pois sua terceira mulher, partiu dias antes, dizendo que estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil. Ele estava morando de favor, num quarto imundo no porão de uma casa.
Naquele dia, Mário bebeu mais algumas. Jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora. Ele pediu para pendurar a sua conta, mas seu crédito havia acabado, então armou uma tremenda confusão... e o dono do bar o colocou para fora.
Sentado na calçada, Mário chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando seu único amigo, o mecânico, apareceu após levá-lo para casa e curando um pouco o porre, ele perguntou a Mário: - Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?
Mário então desabafou:
- A minha família... Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe, já doente, morreu por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Tinha um irmão gêmeo, chamado João, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma!.
Mário tem personalidade neutra porque ele foi submisso aos sofrimentos da vida de maneira paciente. Mario simplesmente não reagiu aos estímulos da vida, provenientes das ações do seu pai. Ele é dono de uma personalidade tão neutra que acabou igual ao seu pai, e ele não lutou contra isso, o que fez com que ele absorvesse e assumisse a personalidade de um homem que não tinha emprego, batia na esposa e vivia de bar em bar. Conclusão: Mario é um derrotado porque ele não reagiu, não fez frente aos problemas que a vida lhe apresentou.
João é o tipo de pessoa com personalidade “positiva”. Esse é João:
Enquanto isso, na outra capital, João terminava sua palestra para estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta:
-Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?
João emocionado, respondeu:
- A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe já doente, morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido de que não seria, aquela, a vida que queria para mim e minha futura família.
João não aceitou para si o exemplo do seu pai, e se pôs contra a forma de vida instável admitida por seu progenitor. A situação do seu pai foi o que o estimulou a traçar seus objetivos e pensar positivo fez com que ele os atingisse. Logicamente que eu considero que “pensar positivo” por si só não resolve problema algum, mas quem pensa positivo sempre procura saídas para os seus problemas, o primeiro passo para resolvê-los. Conclusão: João é um vencedor porque ele reagiu aos problemas que a vida lhe apresentou, sempre buscando a solução dos seus conflitos.
Nossos personagens, Mario e João, eram filhos do mesmo pai, passaram pelas mesmas situações no período em que a formação da personalidade deles era mais latente, visualizavam as mesmas cenas, viam seu pai como um irresponsável, alcoólatra, e eram testemunhas dos espancamentos sofridos por sua mãe. Enfim, ambos recebiam os mesmos estímulos do meio externo, porém, cada qual reagiu a esses estímulos de maneira particular, e foi isso que definiu o futuro de cada um.
Até aqui tudo leva a crer que a conclusão final do autor da mensagem estava correta, onde ele acredita que o que vai definir o futuro de cada um é a maneira como se reage a tudo que aconteceu, mas em minha opinião essa história não acaba aí.
Veja esse caso real:
http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20030603/sup_gab_030603_13.htm
O artigo “Uma vencedora”, conta a história de uma estudante paraplégica que realizou o sonho de se tornar médica.
“No dia 22 de abril de 1990, já com cinco anos e meio, Natália de Sousa Gonçalves
estava em uma festinha de aniversário, que seria como qualquer outra, não fosse aquela repentina quietude da menina. De súbito, a garotinha se sentou sem conseguir sentir as pernas. Iniciava aí a segunda fase da vida de Natália. Da internação em um hospital no Pará até os resultados dos exames, passou-se um mês. Mielite transversa. Esse é o nome da virose que deixou a cearense paraplégica para sempre.”
A jovem soube que ficaria paraplégica o resto da sua vida, e mesmo tendo consciência das suas limitações não desistiu do seu sonho: estudar medicina e ser médica.
“Em 2001, a jovem se preparava para as provas do vestibular. O antigo sonho de criança não abandonou Natália: ela ainda queria ser médica. Dedicava manhãs, tardes e noites aos estudos. Tanto esforço acabou prejudicando sua saúde. Ela teve uma úlcera de pressão, também conhecida como escara, por causa do tempo que passava sentada. Mas ela conseguiu o que queria: a aprovação em Medicina na UnB. A única dúvida era como assistir às aulas, já que a jovem não poderia ficar sentada durante alguns meses, até a cicatrização completa da doença.”
“Até aulas de anatomia ela fez deitada. Sem nenhuma queixa. ‘‘Para mim, isso é tão natural! Nem vejo como um esforço tão grande assim’’, diz. Natália tem uma vida normal. Sai com os amigos, vai para as boates (também chega de madrugada) e adora fazer tudo sozinha”.
Repare no conselho que ela dá para aqueles que passam por dificuldades durante a vida:
‘‘Ninguém deve desistir de nada que realmente deseje. A gente tem que lutar sempre para conseguir o que quer’’.
Esse conselho tem tudo a ver com a mensagem da autora do primeiro texto, pois por mais que a garota tenha ficado paraplégica, e por mais que ela tivesse dificuldade de locomoção, pois nem a sua faculdade tinha estrutura física para aceitar deficientes físicos, ela não desistiu do seu sonho.
Não pensou negativo, não se viu como uma vítima, e nem aceitou sua situação com resignação. Pensou positivo e encarou seu problema de frente, o que fez com que ela ingressasse na faculdade de medicina, a mais concorrida da sua universidade. Até aqui, parece que a conclusão da autora do primeiro texto pode ser comprovada na vida real. Vamos a mais fatos.
Eu acredito, que a Natália realizou o seu sonho porque ela encarou seu problema de frente, mais ainda, ela não acreditava que tinha limitação alguma, como ela mesma afirma no texto (link):
http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20030603/sup_gab_030603_13.htm
Ela não se abalou, e foi em busca do seu sonho. Porém, pensar positivo não foi à única razão do seu sucesso. Veja essa outra parte da reportagem:
“A danadinha era bem curiosa e adorava mexer nos livros e cadernos da irmã mais velha, já em fase de alfabetização”.
Ela aprendeu a ler sozinha antes dos 4 anos de idade, apenas lendo os cadernos da irmã mais velha. Mas se ela não tivesse uma irmã mais velha, se ela fosse filha única? Fatalmente não teria essa fonte de conhecimento à disposição, e procuraria alguma outra coisa para fazer para preencher o seu tempo, talvez uma atividade esportiva, judô quem sabe. Se isso acontecesse ela poderia se apaixonar pelo judô, e teria o sonho de ir a uma olimpíada, e mais, poderia ocorrer que ela nunca pensasse em ser médica, mas treinadora da seleção brasileira de judô. O que eu quero dizer é que o meio em que ela vive forneceu a base para que ela desde pequena, iniciasse e se apaixonasse pelos estudos, e não por uma outra atividade qualquer.
Mas e João e Mário? Eles viviam as mesmas situações dentro de casa, como traçaram destinos antagônicos? Cheguei à primeira conclusão sobre o tema:
1. Quanto maior as dificuldades que o meio em que vivemos oferece, maior deve ser o nosso desprendimento desse meio. Devemos buscar um outro meio que nos traga conhecimento, e que nos de fomento para alcançar nossos objetivos pessoais.
Mário não percebeu isso, e com sua neutralidade ficou igual ao seu pai. João percebeu que aquele meio não lhe acrescentaria nada, e foi em busca de conhecimento em outros meios. Deve ter feito vários cursos, deve ter freqüentado alguma faculdade, e com isso se desprendeu do meio em que vivia, indo para outro meio, que lhe deu base, lhe deu conhecimento, para que ele obtivesse sucesso.
Mas a garota tinha uma família que a amava, seus pais davam a dela bons exemplos, sua mãe a admirava e seus colegas da faculdade lhe viam como um modelo de persistência. Ela teria que se desvencilhar disso tudo para obter sucesso? A resposta é não. Antes de dizer qual foi a minha segunda conclusão quero propor uma hipótese:
Imagine agora se a Natalia tivesse nascido em uma favela, tivesse mais quatro irmãos. Sua mãe morreu no decorrer do parto e seu pai a culpava por essa morte. Ela é paraplégica e é rejeitada por todos os membros da família, e ela ainda depende deles para se locomover, pois não possui autonomia. Será que seria possível a “essa” Natália, sob determinadas condições impostas pelo meio em que vive, ser uma estudante de medicina? Não sei a resposta, mas essa é a minha segunda conclusão:
2. Quanto maior a força externa contrária ao nosso sucesso, maior deve ser a nossa força interna de propulsão.
Nós sabemos que no Brasil os deficientes físicos não têm a estrutura necessária para ter uma vida dita “normal”. Falta rampa de acessos a calçadas, o que dificulta extremamente a sua locomoção em vias públicas que cria uma sensação de exclusão social, existe ainda o preconceito que ocorre na idade escolar, que pode deixar algum tipo de trauma psicológico, o deficiente físico, como a Natalia, depende de outras pessoas para que possam realizar suas tarefas, não possuem autonomia, ou seja, por vezes embutem em suas mentes que são incapazes, inábeis, empecilhos na vida dos outros etc.
A garota deve ter enfrentado ao menos uma vez todos esses problemas, que poderiam lhe causar sérios traumas psicológicos, que teriam como conseqüência a depressão, baixa estima, falta de vontade de viver, que atrapalhariam e podariam seu desejo de ser médica. Porém, a sua força interior, sua força de “propulsão” foi maior do que a força contrária ao seu sucesso. Percebe com esse exemplo, que quanto maior as adversidades psicológicas causadas pelo meio, ou melhor, quanto mais marcas, feridas psicológicas, o meio deixa em nós, maior será a luta para alcançar-mos os nossos objetivos de vida.
Acredito também que o ser humano vitorioso, que atinge as metas de sua vida, tem pré-disposição para tanto, porém não ter essa pré-disposição não implica em fracasso. Ter sucesso ou fracasso está correlacionado com a nossa capacidade de aprender, de memorizar o que aprendemos, e de objetivar o nosso conhecimento. Tem a ver com os sete tipos de inteligência emocional:
Lógico-matemática: capacidade de raciocínio lógico e compreensão dos modelos matemáticos. Ex.: Cientistas.
Lingüística: é o domínio da linguagem verbal e a habilidade para lidar criativamente com as palavras. Ex.: oradores, professores, políticos, radialistas, etc.
Espacial: capacidade de manobrar e operar utilizando o sexto movimento, localização e direção. Ex.: Comandantes na aeronáutica, exército e marinha.
Musical: Domínio da expressão através dos sons. Mozart a possuía em alto grau.
Corporal-Cinestésica: capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos explorando os movimentos do corpo inteiro ou partes dele. Ex.: Jogadores de Futebol, --Pelé, Ronaldinho, etc.
Interpessoal: relaciona-se com os outros, entendendo suas reações, gerando empatia. Ex.: Apresentador de TV.
Intrapessoal: habilidade de administrar sentimentos e emoções a favor dos próprios projetos. Grande capacidade de autocompreensão e automotivação. Ex.: Ghandi, líder espiritual.
Para a Inteligência Emocional, o menos relevante é o grau de escolaridade; o fundamental é sentir, emocionar-se como pessoa e não apenas teorizar as emoções.
Olha o caso da Natália:
“Sempre espertinha e faladeira, a garotinha vivia como qualquer outra criança da sua idade, não fosse o fato de ter aprendido a ler e escrever sozinha, antes dos quatro anos, caso não muito comum.”
Natália é dona de uma inteligência incomum, e essa sua característica lhe deu grandes condições para alcançar seu objetivo, cursar medicina. Se ela tivesse toda vontade do mundo, todo o apoio familiar, todo apoio do meio em que vive, pensamentos positivos de toda ordem, e não tivesse inteligência, memória e capacidade de utilizar seu conhecimento na prática (como numa prova de vestibular, por exemplo), ela dificilmente iria ser o que é, uma estudante de medicina. Esse pensamento me fez chegar a uma terceira conclusão:
3. Quanto menos aptidões pessoais se tem como por exemplo, conhecimento, inteligência, e técnica, maior deverá ser o esforço e a força de vontade para se alcançar os objetivos pessoais.
No dia 29 de janeiro, a rede Record de televisão exibiu uma matéria interessante. A matéria era sobre os homens da chapada diamantina que vivem da renda dos diamantes extraídos da chapada em condições artesanais. Tinha um senhor que já possuía mais de 80 anos de idade, e há 50 vivia da renda dos diamantes. Seu sonho é encontrar uma grande pedra que mudasse a sua vida, e que lhe oferecesse condições de sustentar a sua mulher e seus filhos com dignidade. Acontece que ele jamais encontrou essa pepita, e hoje em dia ele continua exercendo a mesma profissão, só que agora ele trabalha cantarolando uma música com o seguinte refrão:
“...no garimpo só pensamos em riqueza, no entanto, nós vivemos na pobreza...”.
Veja. Esse garimpeiro, durante toda a sua vida trabalhou na busca de uma pepita de diamante, que lhe traria riqueza o suficiente para dar uma vida com sobras para a sua família, no entanto, ele vive na pobreza. Durante 50 anos ele perseguiu um ideal, o de ser rico, e esse ideal lhe tornou pobre, pois ele fez do garimpo o seu único ganha pão. Então pensei numa quarta conclusão:
4. É preciso ter persistência para conseguir o que se pretende, mas é preciso ter bom senso para saber a hora de parar e dar aos nossos sonhos um outro rumo.
Essa é a minha conclusão parcial:
Dizer que “o que aconteceu conosco até agora não define o nosso futuro, e sim a forma com que eu reajo a esses acontecimentos”, é uma teoria simples demais, não é o suficiente para definir como será a nossa vida.
Concordo que não devemos lamentar pelo passado, porém a construção do nosso futuro não depende apenas da nossa vontade. Está subordinado a aspectos objetivos, como o meio em que vivemos, ao o que o meio pode nos ensinar, e a aspectos subjetivos como a nossa capacidade de aprender, de raciocinar, de memorizar e de objetivar nosso conhecimento, do bom senso de saber se estamos no caminho “certo”, etc.
Enfim, vencer na vida depende mais de nós mesmos do que do meio, porém, quanto maior for à adversidade imposta pelo meio onde vivemos, maior deverá ser a nossa reação frente a esses “problemas da vida”.
Nossas vidas são resultados das nossas reações aos desafios vivenciados, e nossas reações podem ser limitadas pelo meio em que vivemos, mas o meio não é o que define o nosso futuro.
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