Despedida

É o mais doloroso, quem fica no saguão vendo alguém partir, a ultima chamada do trem já se anunciou, só dor em filme, um ultimo beijo e a despedida, não dá pra entender, agarrando-se na desculpa de que aquilo é o melhor, afirmando no interior pela primeira vez não querer o melhor. Cada passo que ela dava um súbito gosto queimava por dentro, entrando em erupção o meu próprio gosto, a distância só aumentava a cada passo, me lembrava da primeira vez que encontrei seus olhos e timidamente apertei sua mão, um gesto simples de quem não se mostrou interessado.

Fui por ela ajudado a descobrir e entender a mim mesmo e ver na forma que ela me deu, uma saída e um novo jeito de comtemplar a vida. De maneira simples fui me tornando o melhor que pude ser, em seus cabelos que agora iam ficando cada vez mais longe a chance de dizer palavras que nunca pensei antes, uma forma de viajar para dentro de mim em um resgate de palavras só agora sozinho no saguão o adeus foi expelido de mim.

É o mais doloroso, virar as costas deixar o saguão, dar as costas pra quem eu dei amor, dizer adeus mesmo que sem resposta, lembrar de momentos em um ultimo beijo seco, em uma tradição, um ritual de partida que em mim já não causa efeito, meus olhos se perdem e buscam os dele que já não posso mais ver, imagino se foi a melhor decisão, se foi o certo o que fiz? Uma certa hora na vida se deixa emoções e buscamos realidades, forças verdadeiras, temer é algo comum, mas o que adiantaria?

O Adeus foi por mim dito, deixo-o com a esperança de que um dia irá me buscar ou ao menos pensar em mim, a luz desse sentimento fortalecerá o que não pode ser visto, simplesmente sentido por alguém que tem coração e busca paz no amor.

Da siLVA s
Enviado por Da siLVA s em 17/08/2012
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