O desajustado comportamento do jovem.
A situação social em toda a parte do mundo se apresenta flagrantemente desanimadora, principalmente se olharmos pelo aspecto humano, constatando-se uma significativa ausência de valores.
Não temos dúvidas de atribuir ao sistema familiar a responsabilidade maior por essa decadência social, cuja principal vítima é o jovem, quase sempre despreparado e deseducado, deficiências que o fazem conflitar com os procedimentos da sociedade, onde quase sempre cada um se preocupa com os seus próprios interesses, ignorando a debilidade do semelhante.
Evidentemente que a sociedade mundial também apresenta valores humanos que se destacam por suas condutas ímpares e ilibadas oferecendo, como conseqüência, o ótimo exemplo para a perfeita linha de conduta de seus jovens familiares.
Está comprovadamente entendido que a liberdade confiável concedida pelos pais a seus filhos pode ser confundida com liberalidade, proporcionando ao jovem imaturo e egoísta a quebra daquela confiança a qual, muitas vezes, chega ao conhecimento da família tardiamente, através de uma fatalidade.
Por essa razão, nós pais, devemos inicialmente, ao constituir as respectivas famílias, ter como meta fundamental e prioritária a educação de nossos filhos, baseada no equilíbrio, isto é, reprimir e dizer não, quando se fizer necessário. Permitir concessões, com sábias reservas, acompanhando com o apoio moral, fraterno e senso educador. É difícil, mas não podemos e não devemos abrir mão desses importantes preceitos.
A excelente, competente e admirável escritora Lya Luft, da qual eu sou um leitor assíduo, publicou em sua coluna “Ponto de Vista”, editada na Revista Veja ( n°1995, de 14 de fevereiro, de 2007), profícua,versátil e abrangente crônica, intitulada “Família tem de ser careta,”onde retrata, com riqueza de detalhes, o assunto que este escritor acaba de abordar, caracterizando a identidade de nossas opiniões.