RITOS DE PASSAGEM
Ritos de passagem são muito comuns em praticamente todas as culturas. Eles existem há muito tempo e são importantes na passagem da adolescência para a idade adulta, estabelecendo o desenvolvimento de uma personalidade mais responsável e madura. Na cultura ocidental, festas de debutantes ou até mesmo festas específicas de algumas religiões são comuns, mas em algumas culturas pouco conhecidas, os ritos podem ser mais estranhos, e até mesmo assustadores.
A iniciação dos garotos de uma tribo de Papua Nova Guiné começa aos sete anos, quando eles são levados para longe de todas as mulheres, e passam a viver somente com homens pelos próximos dez anos. Durante o início do ritual, a pele dos garotos é furada, para que as contaminações das mulheres sejam retiradas, e eles têm que sangrar pelo nariz para se limparem. Os garotos também têm que consumir cana de açúcar para estimular o vômito e a defecação, com o mesmo propósito. Após a “limpeza” do corpo, eles consomem sêmen, considerado vital para que eles cresçam e fiquem fortes.
Os ritos de passagem dos políticos brasileiros são bem interessantes também. Eles começam a participar da iniciação quando são eleitos, ficam quatro anos em reclusão em um local construído para que possam, tranqüilamente, receber dos mais antigos todo o conhecimento para o seu desenvolvimento. Durante este período, acredita-se que o político está no paraíso, sem risco da presença de um demônio chamado povo.
Ao final do ritual, o político brasileiro iniciado tem que enfrentar o povo, então coloca uma máscara e se torna a reencarnação do Frei Damião. Acompanhado por alguns de seus pares faz caminhadas e romarias pelas localidades carentes de sua cidade natal. Por um período de quatro meses faz promessas, é solícito e disponível. Na manhã seguinte ao dia da batalha, em que passou enganando o demônio com sua máscara, ele é reconduzido pelos parentes e colaboradores, para dar continuidade ao ritual. Neste momento, o político recebe uma caneta dourada e joga sobre o demônio. Depois disso, a tribo o considera pronto para entrar para a vida corrupta com segurança.