Quero, hoje, esclarecer que não escrevo para agradar, passar a mão na cabeça, endossando tudo, a troco de um sucesso rápido e raso.
Escrevo para acordar. Se preciso, incomodo. Repito. Dou bronca. Passo carão... Corrijo. Denuncio a fraude, a palhaçada, a sacanagem, a deslavada manipulação... Declarei guerra à mentira. Faço o que for preciso para atingir meu intento: trabalhar integralmente, para contribuir artisticamente, liricamente, com o processo evolutivo.
Minha vida e eu nos entendemos com este arranjo. O único aceitável, dos possíveis. Abdico de minhas (algumas) satisfações pessoais, para me concentrar no alvo. Tento estar atento a tudo, para perceber onde e como posso atuar mais satisfatoriamente, com minha visão peculiar dos dados.
Tento não ser muito agressivo, mas, tenho que dar meu recado. Tenho plena consciência do que estou fazendo e de pra onde isto está, surpreendentemente, me levando...
Quero confessar aqui, que nada me preparou para isso. Mas, foi o que me aconteceu. Como se tudo tivesse sido armado às minhas costas, sem eu saber... Quando dei por mim, já era. Já estava! E estava gostando... Eis a razão de ter continuado, depois de ter percebido, exatamente, o que me acontecia. O que me impelia. Onde desaguaria... Desaguará! Canalizar poesia, por si só, já é uma benção. Sendo toda ela voltada, fielmente, para algo tão gigantesco, é de tirar mesmo o sono... Nunca mais dormi direito!!! Também, nunca mais perdi a consciência... (antigamente, bebia até apagar)... Nem parei de pensar... Nunca mais! Selecionei alguns cajados, pra me apoiarem, afinal não sou santo, nem iluminado, nem falso! Sinto algumas faltas, que precisam ser compensadas, para não se agigantarem. Sei que não faço tudo, exatamente, certo! Faço o que consigo, sinceramente. Sou esforçado, mas não cego. Questiono tudo, o tempo todo. Minha autocrítica é arretada! Detesto errar! Tenho tendência a me cobrar demais por um lado, e ser indulgente por outro. Para tanto: vigilância no ego, vinte e oito horas por dia. Marcação homem a homem!
Tudo para que a mensagem que trago, não seja comprometida por estragos fúteis e desnecessários, a esta altura do campeonato. Afinal, já os cometi todos, lá atrás.
O que quero passar, o que venho passando, é, incontestavelmente bonito. O melhor de tudo: é construtivo e, surpreendentemente inclusivo. Pensando bem, acho que foi nada, o que tive que abrir mão... Estar ao lado da vastidão, sentindo-me pertencente, valeu e vale tudo!!!
O final, em poesia e música, no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/08/esclarecimento-revolucionando-pelos.html