"XÂRAP" - UMA LIÇÃO!
Em um dia qualquer do ano de 1999 conheci, quase sem querer, o Dr. Paulo Araújo, clínico geral. Eu estava em minha sala, na entidade social onde atuo, quando ele subiu as escadas à procura da professora que o havia emprestado, dia anterior, um disquete. A professora não estava, ele agradeceu e devolveu o disquete. Aproveitou para saber como funcionava a entidade, mostrando-se interessado em desenvolver ali alguma atividade. Dias depois trouxe projetos de palestras sobre o Poder da Palavra e a Ciência do Ser ou, Ontologia.
Fiquei impressionado quando me relatou um fato, motivo que o levou a questionar a medicina tradicional e, principalmente, a compreensão sobre a bíblia e a ciência metafísica. Lembro de quando ele disse que repudiava a teoria que passa pela manipulação de um pelo outro, mesmo que seja com a intenção de ajudar.
Sua história começa quando, recém-formado, no início e 1980, foi trabalhar em uma cidade pequena no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Nesta cidade aconteceu um fato que o tocou profundamente, fazendo com que desacreditasse de tudo o que havia aprendido na faculdade de medicina. Um paciente sob seus cuidados faleceu. Foi traumático para o jovem médico conviver com o primeiro óbito. À noite foi até a casa onde o corpo estava sendo velado e percebeu que havia um movimento que não era convencional. As pessoas conversavam em voz alta não demonstrando a tristeza normal, parecia que esperavam pela saideira.
Aproximou-se consternado, cumprimentou os parentes. Um tio do rapaz, percebendo que ele estava muito abalado com a perda do seu primeiro paciente, disse para que não ficasse incomodado, que nada poderia ser feito. Como não? Perguntou. Ele, disse o tio, sempre disse que morreria com a idade, a doença e no mesmo dia que seu pai morreu. E foi o que aconteceu. Todos aqui já sabíamos, desde que ele adoeceu com a mesma idade e com a mesma doença do pai que morreria no dia de hoje.
“Como pode a medicina ter me negado isso?” “O que há na natureza que desconhecemos?” Refletiu o jovem médico. “Como pode alguém se programar para morrer debaixo das barbas da ciência?” “Por que os remédios não o levaram à cura?” Todas essas perguntas invadiram os seus dias até que, em um sebo de livros no centro do Rio de Janeiro, no início dos anos 1990, ele encontrou um pouco de paz lendo Ciência e Saúde (Com a chave das Escrituras) de M.B.Eddy, e dedicou-se aos estudos, à verdade e à prática da Ciência Cristã.
Doutor Paulo é um amigo muito querido. Com ele adquiri conhecimento sobre a “Mente Única”. Durante os primeiros cinco anos da década de 2000, realizou várias palestras para os jovens da entidade com excelente aproveitamento, principalmente quando realizava o Colóquio para a Juventude sobre A Raiz da Violência. É autor de livros, com destaque para “Xârap”- Uma lição de vida para ninguém depreciar - onde relata toda a experiência dos estudos que praticou acerca da cura e das escrituras.