MACACO VELHO NÃO ENFIA A MÃO NA CUMBUCA
Há um causo, que rolava entre os índios que, quando algum membro da tribo queria pegar um macaco, armava-lhe uma armadiha que era infalível – para os mais novos.
Consistia a arapuca em retirar as sementes de uma cuia, e serrar-lhe a ponta, de forma que um macaco conseguisse enfiar a sua mão.
Essa cumbuca ficava presa por entre varas, impossilitando assim que o macaco a retirasse do local. E aí, uma banana era colocada em seu interior como chamarisco do animal.
Quando o macaco, mais moço, enfiava a sua mão e pegava a banana, o volume criado com o punho cerrado e ainda mais com a fruta por entre os dedos, dificultava a saída de sua mão. O bicho ficava preso!
Mas isso só acontecia com os macacos mais novos, pois “macaco véio não punha a mão na cumbuca”.
Por que estou dizendo isso? É porque as eleições estão se aproximando e nós, macacos velhos, continuamos enfiando a mão na cumbuca, e elegendo pessoas sem o menor preparo para nos representar.
Somos formadores de opinião. Pertencemos a um grupo de massa pensante. Vamos pensar sobre isso e alertarmos os mais novos (alunos, amigos, vizinhos …).
Vindo para o trabalho, ouvi no noticiário que intercala as produçoes musicais, de que cada dez projetos enviados à Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, oito, são de propostas de nomear ruas, avenidas, viadutos, praças … De criação de datas festivas, comemorativas relacionadas ao lazer dos belorizontinos.
Outro dia, o jogador Ronaldinho Gaúcho, que está no futebol mineiro a menos de três meses, recebeu o título de Cidadão Honrário de BH bem rapidinho; e, olhe que, esse projeto de sua moção tramitou na Câmara por entre os vereadores, fora aprovado por unanimidade e ele já recebeu o título. Quer dizer que, provavelmente, esse projeto deve ter sido enviado logo, logo à sua chegada à cidade.
Brincadeira!!