Brasileiro

Hoje, no fechamento das Olimpíadas de Londres eu me senti meio boba quando o Hino Nacional Brasileiro começou a tocar e o mundo inteiro estava assistindo a bandeira do Brasil ser hasteada.

Eu só conseguia pensar que agora o mundo inteiro não vai se esquecer da nossa melodia, do nosso ritmo, das nossas cores, da nossa alegria, do nosso sorriso, da nossa beleza, da nossa criatividade.

Quem sabe agora que o mundo vai dar valor para o Brasil, os brasileiros enxerguem que nasceram num país abençoado.

Quem sabe agora o brasileiro tenha orgulho de ser de todas as partes do mundo, de ter todas as culturas misturadas numa cultura tão única. Quem sabe agora o brasileiro queira viver no Brasil, queira fazer o Brasil, queira lutar pelo Brasil.

Quem sabe agora o brasileiro queira ser o que é. Brasileiro.

Eu me pergunto por que nós não nos vemos como somos? O povo mais guerreiro do mundo que, apesar de todos os apesares, nunca tira o sorriso do rosto. Nunca deixa de dançar e cantar e de fazer festa. Não deixa de levar a vida com humor e graça, mesmo sabendo que, às vezes, não tem mais jeito. Aliás, não.

Sempre tem um jeito.

Por que o brasileiro diz que o mundo inteiro é bonito e não vê que o próprio país é o mais bonito? Por que o brasileiro quer ser português, italiano, espanhol, japonês, inglês, estado-unidense quando você pode ser brasileiro?

É melhor do que todas essas nacionalidades juntas.

Eu espero que em cada canto do mundo haja um brasileiro para espalhar alegria, criatividade, esperança, paciência, beleza, música, dança. Eu espero que em cada um dos cantos do mundo exista um brasileiro cujos olhos brilhem, ele abra um sorriso gigante e diga “eu sou brasileiro, e com orgulho”.

Embora nós sejamos muito diferentes uns dos outros, em todos os cantos do Brasil, eu posso dizer com certeza… Nós temos uma coisa em comum, e isso basta. Somos brasileiros. Sofremos juntos. Amamos juntos. Afundamos juntos.

E nós vamos mostrar para o mundo o que a maioria de nós já sabe.

Ser brasileiro é muito bom mesmo.

Débora Dias
Enviado por Débora Dias em 12/08/2012
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