CRÔNICA – Esportes – Futebol – Eu já sabia...
 

CRÔNICA – Esportes – Futebol – Eu já sabia... – 11.08.2012
 

          “Não, não foi surpresa para mim”, como dizia aquela música de Dalva de Oliveira, intitulada Tudo é Ilusão, que foi um grande sucesso da sua carreira, a derrota do selecionado brasileiro ante a equipe mexicana, por dois tentos a um, na decisão da medalha de ouro das Olimpíadas levadas a efeito em Londres, na manhã/tarde de hoje. Nossa seleção tomou o gol mais rápido de todas as olimpíadas já disputadas aos 28 segundos de jogo. Foi a vitória da humildade contra a prepotência e aquele já tradicional “já ganhou!”, que é contumaz aos brasileiros e até mesmo na nossa imprensa, de modo geral.

          Entendo que o time verde-amarelo deveria ter entrado com a escalação em que terminou a partida, mas o nosso treinador, como sempre, só acorda depois de roubado. Num time de aves como o nosso (pato, ganso) o Neymar não foi nada mais nada menos do que um "pinto", e que jamais chegará aos pés do argentino Messi, esse sim, um baita atleta de futebol. Deverá haver um rebu da moléstia dos cachorros na "galinha" mãe, que é a Confederação Brasileira de Futebol.

          O México começou o jogo pressionando a nossa equipe no seu próprio campo, e numa falha da defesa, que perdeu a bola displicentemente, o excelente atleta Peralta chutou de fora da área, de uns vinte e cinco metros, e foi pegar o goleiro nacional de surpresa, adiantado, sendo para mim um gol “frango”, pra não perder o ritmo de nossas valorosas aves.  Talvez o nosso técnico devesse ser o “Pena”, do adversário; estou com dó do nosso treinador, que me pareceu incompetente quer para convocar, quer para escalar seu time, mas para reclamar do árbitro ele é um verdadeiro especialista.
 
         O desolado Neymar, fraquíssimo na partida de hoje



          Causa-me bastante espanto o fato de ser permitida a inscrição às olimpíadas de três atletas com mais de 23 anos de idade. Ao invés de a CBF ou seu treinador prestigiar o Rogério Ceni, um grande injustiçado, convoca esse Gabriel, de quem nunca ouvi falar nas minhas entradas no futebol; nem mesmo o outro, tal Neto, eu sabia de sua origem, que é da Europa. O negócio (?) é dar força aos empresários desses jogadores, que ganham muitos dólares em transações internacionais. A meu pensar, o Banco Central deveria dar uma investida nessas transações fabulosas, inclusive em face do imposto de renda e na negociação da carta de crédito, que geralmente é no dinheiro americano (para quem não entende do assunto, quero dizer que o clube não manda dinheiro vivo para pagar as aquisições, mas sim uma carta de crédito garantida por um banco... e de posse desse documento, que é negociável ao câmbio do dia, o portador vai ao seu estabelecimento bancário e faz a devida venda; sim, dinheiro estrangeiro é tido como uma mercadoria em tais casos). Não sei e estou cansado de gritar para que eles examinem caso a caso, porquanto poderia estar havendo desvio de divisas ou lavagem de dinheiro, cujo prejuízo final cai nas costas do cidadão nacional.

          Colocou o Hulk em campo quase ao final da primeira etapa; o Lucas (maior transação de atletas feita pelo Brasil, pois fora vendido ao PSG da Holanda, pela bagatela de R$ 108 milhões) quando faltavam sete minutos para o encerramento da competição. Aqui pra nós, não torci contra o nosso escrete, que até foi longe demais ao abiscoitar a medalha de prata da competição, por sinal a terceira que consegue ganhar.

          Ora, será que ninguém falou para os nossos o que significa peralta! Nada mais nada menos do que traquina, travesso, tanto que foi o autor dos dois tentos da equipe verde mexicana, isso sem necessitar da utilização de toda a sua peraltada. O time brasileiro é pródigo em jogar com excessiva troca de passes, mas sempre pelas laterais ou recuando a bola, parecendo ter medo de sair para o jogo. Isso só serve para medir quem mais tempo passou com a bola dominada, mas não ganha pardida alguma. Agora muita gente está dando razão ao Dunga por não ter levado para a Copa de 2010 os atletas Ganso e Neymar.

          Na segunda etapa o Brasil começou a pressionar, marcando em cima, mas foi o México que mexeu novamente no placar, nada obstante o desempenho do Hulk, que aos 37 minutos de jogo mandou um tiro espetacular para uma bela defesa do goleiro Corona; mas já no finzinho da refrega tivemos o gol brasileiro, marcado por Hulk, todavia não havia tempo pra coisa alguma, embora o Oscar tenha perdido uma oportunidade bem no finzinho do espetáculo.

          Tenho que os dois gols do nosso respeitável adversário nasceram de falhas dos zagueiros Rafael e Thiago Silva, este que é um iluminado, o maior do mundo, segundo a imprensa brasileira. Será que esse povo viu o Brito, o Piazza e o Zózimo jogar na seleção nacional? Eu mesmo respondo: Todos viram, mas naquela época o dinheiro era curto, ao passo que atualmente a grana é quem manda nos esportes; e alguém fatura em cima de um elogio qualquer. O são-paulino Lucas só foi negociado por ter sido convocado, mas será que alguém não estaria ganhando dinheiro por fora... Nada posso afirmar a respeito, até por que temos casos comprovados de dirigentes máximos da CBF e até da FIFA que se meteram em escândalos, mas continuam gozando do bom e do melhor, quando deveriam estar na cadeia, tal qual o ladrão de galinhas.

          Tive chances de ver o jogo tanto na RECORD, que falou em exclusividade, e pela SKY, em face de ser assinante. Ambas cometem patriotadas terríveis, mas a que mais me causou estranheza foi ver e ouvir do Romário o seguinte comentário: “Eu ainda acredito na vitória...”. Como incentivo até que seria válido, mas comentarista tem de dizer ao torcedor o que está acontecendo no momento, em cima da bucha. Não é válido incutir ideias erradas na cabeça dos telespectadores.

          A perda do título deverá servir de lição, mais uma vez, pois essa é a quarta ou quinta decepção que o nosso time nos causa nas decisões contra o México. A primeira providência a ser tomada é a mudança de treinador, uma vez que o Mano, em dois anos, não conseguiu formar uma equipe em que o torcedor brasileiro a decorasse do goleiro ao ponta esquerda, digamos assim. Ele ainda tem coragem de dizer que “esse time não é bem rodado”, a fim de justificar o injustificável.

          Sou favorável à convocação do Tite, do Corinthians, por exemplo, ou mesmo do Murcy Ramalho, do Santos, que demonstram ser muito mais capazes do que o nosso Mano, que é uma boa pessoa, mas sem tanta tradição como treinador, salvo naquele caso em que apelidaram de “A batalha dos Aflitos”, quando o clube que dirigia, o Grêmio, derrotou ao Náutico, em Recife, numa partida cheia de complicações, que terminou na disputa de tiros livres da marca do pênalti.

Tenho a impressão de que jamais voltarei a ver o Brasil como campeão do mundo, mais uma vez...

Fico por aqui. Em revisão.
Ansilgus
ansilgus
Enviado por ansilgus em 11/08/2012
Reeditado em 12/08/2012
Código do texto: T3825153
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