Teu Abraço
Imagino teu abraço.
Aquele abraço...
Como laçada me envolve todinha.
Um laço...
O teu laço.
Toma-me a altura do busto, aperta-me a cintura, Indeciso não deixa espaço, num aperto gostoso que sufoca.
Minha respiração ofegante, as batidas aceleradas, as pernas bambas, um arrepio.
Procuramos um apoio, um lugar...
Pensamentos embaralharam as idéias, impossível ter idéias, as claras e distintas então, sumiram na dispersão...
E pensar que estavam tão alinhadas como escola na avenida.
O desejo e a paixão aproveitaram este deslize, e záz, como diz o Chaves, é hora de soltar a fantasia, e mergulhar na brincadeira, faz de conta infantil e por isto mesmo encantado.
Ah...
Este teu abraço envolvente penetra na gente, como uma linda melodia, de repente, maravilhosa.
Teu abraço é grude, é cola...
Abraço de cheiros e beijos no deslizar de tantos braços, os meus, os teus, numa procura agitada de mais e mais.
Cintos, nós, fivelas, botões...
Objetos que lembram, naquele momento, uma prova olímpica de Pentatlo...
É preciso cobrir obstáculos no tempo, no prazo... A medida que os descobre, que os encontra, o abraço se desmonta apressado no desmanche, no despojo mútuo que numa progressão aritmética vai somando membros que eram dois, quatro, misturando pernas tornaram-se oito de repente... Tudo loucamente desarrumado e a um só tempo...
Organizado.
Entre tantos abraços agora multiplicados, aparecem tentáculos, ventosas sorventes, serpentes orientadas entre tantas coordenadas. Não se perdem, só encontram... Norte, Sul, Leste, Oeste, exploram a-flor-da-pele-nua, sua cartografia...
O mapa é da mina...
Do desejo. Aquele que se rende, que age escondido e quando se revela, não há mais nada a fazer...
A razão já foi traída, enganada, preterida....
A partir daí não há escapatória, mas quem desejaria escapar? Esta emoção realça o lindo, o belo, o prazer...
O êxtase mais profundo espraiando-se em ondas e mais ondas...
Por todos os poros, todos os pêlos, todas as cavidades....
Graças aos sentidos! Gemidinhos, sussurros, mentiras e verdades misturadas, nesta colheita final, porque tudo é só deslumbramento...
Até a despedida no olhar, ausência de palavras... Falar o que? Tudo já foi dito e bem_dito...
Agora é sentir...
Presença sem presença, observar a memória do corpo...
Durante algum tempo ainda vai te revelar materialmente, nos cheiros, no gosto, na minha pele marcada, no banho demorado, massagens num autoabraço, fantasiando que tu ainda estás em meus braços...
Uma presença que fica, nas imagens guardadas, nas oitivas que não serão esquecidas...
Saudade...
Mesmo sendo saudade em cada um está contida... É assim para que o tempo não pare e nada escape daquela sensação, daquele sentimento... Novamente o prazer e o desejo retém a maravilha que se repete ao infinito...
Restam trilhas, para reencontros...
Surpresas aos saltos e assaltos, teu nome na agenda, ou eu, na porta a espera dos teus braços...
Daí, cada um ganha vida própria, energia e segurança, forças renovadas, idéias, agora sim claras e distintas...
Ah...
Descartes...
Ibernise.
Indiara (Goiás/Brasil), 15FEV2007.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998
Imagino teu abraço.
Aquele abraço...
Como laçada me envolve todinha.
Um laço...
O teu laço.
Toma-me a altura do busto, aperta-me a cintura, Indeciso não deixa espaço, num aperto gostoso que sufoca.
Minha respiração ofegante, as batidas aceleradas, as pernas bambas, um arrepio.
Procuramos um apoio, um lugar...
Pensamentos embaralharam as idéias, impossível ter idéias, as claras e distintas então, sumiram na dispersão...
E pensar que estavam tão alinhadas como escola na avenida.
O desejo e a paixão aproveitaram este deslize, e záz, como diz o Chaves, é hora de soltar a fantasia, e mergulhar na brincadeira, faz de conta infantil e por isto mesmo encantado.
Ah...
Este teu abraço envolvente penetra na gente, como uma linda melodia, de repente, maravilhosa.
Teu abraço é grude, é cola...
Abraço de cheiros e beijos no deslizar de tantos braços, os meus, os teus, numa procura agitada de mais e mais.
Cintos, nós, fivelas, botões...
Objetos que lembram, naquele momento, uma prova olímpica de Pentatlo...
É preciso cobrir obstáculos no tempo, no prazo... A medida que os descobre, que os encontra, o abraço se desmonta apressado no desmanche, no despojo mútuo que numa progressão aritmética vai somando membros que eram dois, quatro, misturando pernas tornaram-se oito de repente... Tudo loucamente desarrumado e a um só tempo...
Organizado.
Entre tantos abraços agora multiplicados, aparecem tentáculos, ventosas sorventes, serpentes orientadas entre tantas coordenadas. Não se perdem, só encontram... Norte, Sul, Leste, Oeste, exploram a-flor-da-pele-nua, sua cartografia...
O mapa é da mina...
Do desejo. Aquele que se rende, que age escondido e quando se revela, não há mais nada a fazer...
A razão já foi traída, enganada, preterida....
A partir daí não há escapatória, mas quem desejaria escapar? Esta emoção realça o lindo, o belo, o prazer...
O êxtase mais profundo espraiando-se em ondas e mais ondas...
Por todos os poros, todos os pêlos, todas as cavidades....
Graças aos sentidos! Gemidinhos, sussurros, mentiras e verdades misturadas, nesta colheita final, porque tudo é só deslumbramento...
Até a despedida no olhar, ausência de palavras... Falar o que? Tudo já foi dito e bem_dito...
Agora é sentir...
Presença sem presença, observar a memória do corpo...
Durante algum tempo ainda vai te revelar materialmente, nos cheiros, no gosto, na minha pele marcada, no banho demorado, massagens num autoabraço, fantasiando que tu ainda estás em meus braços...
Uma presença que fica, nas imagens guardadas, nas oitivas que não serão esquecidas...
Saudade...
Mesmo sendo saudade em cada um está contida... É assim para que o tempo não pare e nada escape daquela sensação, daquele sentimento... Novamente o prazer e o desejo retém a maravilha que se repete ao infinito...
Restam trilhas, para reencontros...
Surpresas aos saltos e assaltos, teu nome na agenda, ou eu, na porta a espera dos teus braços...
Daí, cada um ganha vida própria, energia e segurança, forças renovadas, idéias, agora sim claras e distintas...
Ah...
Descartes...
Ibernise.
Indiara (Goiás/Brasil), 15FEV2007.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998