VERSOS QUE ME ORGULHO DE TER LIDO



Não sei se preencho a página com uma poesia do passado ou se deixo o passado criar uma poesia do presente. Só sei que o sono vem... E quando ele vem sem a cama estar pronta arrumo uma desculpa para adormecer a crônica como se ela pudesse esperar pelo dia seguinte. Não é que o dia chegou? E junto veio a conta telefônica sem a tarifa pelo pacote fale digital da oi que eu nunca tinha requisitado e vinha sendo cobrada. Claro que isto rendeu um bom bocado de uma manhã para ser corrigido. Caso eu tivesse o costume de datar versos como o fez Lú Narbot em sua edição especial de aniversário uns poucos anos antes da data em que essas linhas escrevo, teria sobre ontem uma data importante para ser ilustrada com as novilhas fechando a noite de um dia bom. E por que trouxe a tona o nome de Lú Narbot? Por ela ser a autora de Versos ao Longo do Caminho. Dos mais admiráveis! Eu diria. Mas dizer só isso é pouco. Então abro o pequeno livro de capa vermelha onde não se esconde o coração de uma mesa de cirurgia ou dos movimentos das ondas dos mares. Os versos não são alegres ou tristes. Parecem estarem ali expostos feito rosas em jardins. Não a espera de serem colhidos, mas se forem folheados, se sentirem mais bonitos fazendo o mesmo com quem os lê. São versos que fazem sobreviver a poesia de uma vida em suas fases e que emocionam pelo caminho. Versos que me orgulho de ter lido.




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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 09/08/2012
Reeditado em 09/08/2012
Código do texto: T3821881
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