Tempo de Traição: Capitu vs. Stewart
Ao contrário da minha vida sexual, o que correu bastante essa semana nos meios midiáticos foi o boato, ou não, da traição de K. Stewart em/contra seu esposo/namorado, R. Pattinson. Na real, eu não prestei atenção à discussão e nem às fofocas, então não soube o que aconteceu. Muito menos sei qual preposição deveria usar duas frases atrás, afinal "trair" não pede nenhuma, assim como não sei qual é o status no casal do cara citado.
Ou seja, eu não sei quase nada. É por isso que eu tenho um blog com o meu nome, e, igualmente, um twitter.
O que eu sei é que houve burburinho, a ponto de o Fantástico dedicar um quadro envolvendo fãs (retardadas) discutindo o assunto. Ainda agora acabei de ver no Agora É Tarde uns trechos de vídeos de fãs (igualmente retardadas) dando sua opinião sobre o caso. Eu não ligo pro que ela fez ou deixou de fazer, assim como considero ridícula a atitude das fãs de se meterem a discutir isso em rede nacional de televisão e/ou websfera. Se bem que a juventude está aí pra gente ser tolo, então...
Enfim, me veio à cabeça uma outra discussão de traição, um bapho que tem tirado noites de sono de muita gente, esses sim de fato especialistas. Capitu, aquela dos olhos de cigana, oblíquos e dissimulados. Até hoje ninguém sabe se ela traiu o seu marido, Bento Santiago. E ao contrário do casalzinho da moda, essa é uma traição fictícia que ainda tem rendido muita discussão. Ninguém perguntou a minha opinião, mas já que estou aqui, perco umas linhas dizendo que como não há nada definido, eu também não tomo partido sobre o que ela fez (ou não).
Dois casais, duas traições, duas mulheres, quase um século de distância entre uma e outra. Uma foi real, outra foi fictícia. E as cabeças das pessoas em ambas as ocasiões são completamente diferentes. Enquanto hoje temos fãs apaixonadas que não acreditam que ela fez isso, que ela não podia ter feito isso (entre outros mimimis); do outro tem-se leitores que leem e releem linha após linha do romance casmurrento pra ver se encontram alguma evidência, algo que possa ser interpretado de outra maneira. Enfim, uma prova criminosa. É importante ressaltar que o livro é o ponto de vista do Bentinho e percebe-se claramente que ele era um ciumento com probleminha na cachola, então, logo onde é o único lugar a se ater é onde menos se poderia confiar.
Faz-me lembrar de uma tirinha do Will Tirando em que mostra Dom Pedro II em época de proclamação da República e como seria se houvesse twitter na época. Se houvesse na época do Machado haveria tags do tipo #CapituTraiu vs #CapituNãoTraiu? Nah, eu não sei. Acho que, se houvesse twitter à época, era capaz de a própria Obra jamais ter existido.
Como visto em: http://blogapiazentin.blogspot.com.br/2012/08/tempo-de-traicao-capitu-vs-stewart.html