O PORTEIRO E O PORTÃO
OU SERIA O PORTÃO E O PORTEIRO?
Fiquei em dúvida com relação ao título desta crônica, mas como a ordem do fator não altera o produto, vamos ao que interessa:
O porteiro da empresa onde trabalho, profissional competente, maneiroso, paciente, disposto e muito bem educado; saiu de férias. Para substituí-lo chegou outro, o qual desagradou inexplicavelmente e gratuitamente o portão.
Desde o primeiro dia que a antipatia, a animosidade, a rija, a peleja, a disputa, o ''quebra-braço'' entre eles só faz aumentar.
Quando o porteiro quer abrir o portão, ele não abre de jeito nenhum. E quando ele quer fechar; o portão, em complô com os que passam, não fecha.
E é assim que o desentendimento entre eles vem se agravando de maneira perigosa e assustadora. Estou pensando, inclusive, se a briga não vem de outras vidas... Tudo é possível, entre o Céu e a Terra... - Quem vai saber?!
Bom, um é alto e bem magrinho. O outro é de ferro! Deveria ter mais compreensão e tolerância para com o pobre e frágil porteiro, levando em consideração que ele usa coturnos. Na realidade, ainda não sei se ele usa os coturnos, ou se os coturnos usam ele por maldade e diversão, uma vez que, não deve ser nada fácil ter de se levantar de sua cadeira, – nada confortável, diga-se de passagem - parar de brincar com a caneta, ou falar ao celular e ir até o portão ''coturnando'', jardim a fora, toda vez que ele cisma de dá ''piti''.
Testemunha que sou de alguns embates, por vezes tomo partido de um, para logo tomar o partido do outro.
Hoje, mal saí do elevador, notei que chegava uma pessoa, e, imediatamente o porteiro acionou o botão e o seu desafeto do canto não se mexeu. Cego de raiva, o porteiro não lhe deu outra chance e caprichando no verbo, partiu para o confronto ''corpo a corpo''.
- Também! Tem santo que agüente tamanha provocação?!
Contudo, o porteiro não precisava ir às vias de fato tão intempestivamente, há de se convir.
- Custava dar mais uma chance ao portão? Acho que tomei o partido do portão, definitivamente.
- Ou não?! Hahahahahahahaha
O porteiro da empresa onde trabalho, profissional competente, maneiroso, paciente, disposto e muito bem educado; saiu de férias. Para substituí-lo chegou outro, o qual desagradou inexplicavelmente e gratuitamente o portão.
Desde o primeiro dia que a antipatia, a animosidade, a rija, a peleja, a disputa, o ''quebra-braço'' entre eles só faz aumentar.
Quando o porteiro quer abrir o portão, ele não abre de jeito nenhum. E quando ele quer fechar; o portão, em complô com os que passam, não fecha.
E é assim que o desentendimento entre eles vem se agravando de maneira perigosa e assustadora. Estou pensando, inclusive, se a briga não vem de outras vidas... Tudo é possível, entre o Céu e a Terra... - Quem vai saber?!
Bom, um é alto e bem magrinho. O outro é de ferro! Deveria ter mais compreensão e tolerância para com o pobre e frágil porteiro, levando em consideração que ele usa coturnos. Na realidade, ainda não sei se ele usa os coturnos, ou se os coturnos usam ele por maldade e diversão, uma vez que, não deve ser nada fácil ter de se levantar de sua cadeira, – nada confortável, diga-se de passagem - parar de brincar com a caneta, ou falar ao celular e ir até o portão ''coturnando'', jardim a fora, toda vez que ele cisma de dá ''piti''.
Testemunha que sou de alguns embates, por vezes tomo partido de um, para logo tomar o partido do outro.
Hoje, mal saí do elevador, notei que chegava uma pessoa, e, imediatamente o porteiro acionou o botão e o seu desafeto do canto não se mexeu. Cego de raiva, o porteiro não lhe deu outra chance e caprichando no verbo, partiu para o confronto ''corpo a corpo''.
- Também! Tem santo que agüente tamanha provocação?!
Contudo, o porteiro não precisava ir às vias de fato tão intempestivamente, há de se convir.
- Custava dar mais uma chance ao portão? Acho que tomei o partido do portão, definitivamente.
- Ou não?! Hahahahahahahaha
**********
Na ilustração Google: O porteiro do Castelo Rá-Tim-Bum
Sonetando a poeta Ysolda Cabral, a quem aplaudo:
O PORTEIRO E O PORTÃO
(OU O PORTÃO E O PORTEIRO)
Odir Milanez
O porteiro era preto, um haitiano
de portão corrediço sem domínio.
Por seus botões causou enorme dano
ao principal portão, de alumínio.
No ir e vir de seu cotidiano,
o portão foi perdendo o tirocínio.
Em meio a tantos erros, tanto engano,
do porteiro pensou no assassínio.
Em uma noite escura como breu,
o porteiro, de folga, resolveu
sair pelo portão. Tentou abri-lo.
O portão recuou, armando o bote:
" Prensaria o porteiro no cangote!"
Mas abriu e fechou em grande estilo.
Moral da história: nem sempre o fim
se acerta com o começo.
JPessoa/PB
10.08.2012
oklima
Sonetando a poeta Ysolda Cabral, a quem aplaudo:
O PORTEIRO E O PORTÃO
(OU O PORTÃO E O PORTEIRO)
Odir Milanez
O porteiro era preto, um haitiano
de portão corrediço sem domínio.
Por seus botões causou enorme dano
ao principal portão, de alumínio.
No ir e vir de seu cotidiano,
o portão foi perdendo o tirocínio.
Em meio a tantos erros, tanto engano,
do porteiro pensou no assassínio.
Em uma noite escura como breu,
o porteiro, de folga, resolveu
sair pelo portão. Tentou abri-lo.
O portão recuou, armando o bote:
" Prensaria o porteiro no cangote!"
Mas abriu e fechou em grande estilo.
Moral da história: nem sempre o fim
se acerta com o começo.
JPessoa/PB
10.08.2012
oklima