EM BUSCA DO AFETO PERDIDO

Pode se transformar em aventura de cinema o resgate de um afeto perdido, por abandono, esquecimento, covardia, distancia geográfica, desgaste ou que tenha deixado resíduos de tristeza. O sentimento não deixa de existir, só não marcha junto. A qualquer momento do dia lá está ele percorrendo o seu pensamento, apertando os seus olhos, engraxando o seu coração, atravessando a rua ao seu encontro, estendendo as mãos para que você se levante.

Affonso Romano de Santa’Anna, poeta, foi à Toscana, na Itália, e disse que voltou para o Brasil, mas ao mesmo tempo não voltou. Deixou lá a sua alma. Disse que quando chegou no Brasil e leu nos jornais notícias sobre balas perdidas, preferiu, se pudesse escolher, ficar perdido na Toscana.Talvez tenha perdido o afeto pelas coisas daqui, a cidadania e o senso de responsabilidade. Ficar escondido é menos perigoso do que entrar na luta e transformar. O elo foi quebrado.

Amigo Affonso, se o brasileiro comum também pudesse escolher não escolheria ter os políticos que tem, os intelectuais que tem, os artistas que tem, os escritores que tem. Mas com certeza escolheriam a família que tem. A família é um elo indestrutível, assim como a pátria.

No mundo Toscanês do Affonso, os turistas sentam nas pedras, nos muros e no chão, tomam vinho importado acompanhados por presunto de javali, um pão celestial (?), e frutas da estação. Por que não fazem isso em seus países ? Queria ver um brasileiro desses que senta no chão das ruas na Europa, comendo um "podrão" sentado no meio fio de uma rua suburbana daqui.

O Brasileiro foi eleito o povo mais feliz do planeta; a copa de 2014 será aqui; as olimpíadas de 2016 também......

E continuamos atrás do afeto perdido........................!!!!

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 08/08/2012
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