SANTANA

´ És um mundo a parte, nos confins do Universo!...

Só quem te conhece pode imaginar o quanto és bela e mágica!

Várias vezes sonhei contigo, quis conhecer-te e fui ao teu encontro ou reencontro, não sei.

Encantei-me, és exuberante, igual ao imaginado ou mais linda!

O Sol, este astro lindo e maravilhoso, testemunhou o nosso reencontro. A antureza sorriu e lágrimas rolaram de minha alma, num eterno tributo a estas paragens!... De onde vem essa magia que me encanta? Povoas meu imaginário e és fonte perene de boas recordações!

A magnitude de tuas matas, de teus campos, a brisa que suavemente afaga as onduladas paisagens e o brilhante céu azul contrasta e sintoniza-se com minha alma e me faz recuar no tempo, fico extasiado e encantado com tua beleza, com tua simplicidade e exuberância. És linda e maravilhosa!

Conhecer-te ou reconhecer-te foram pura magia e encantamento, minha alma flutuou docilmente, e sorri despreocupado e senti vibrações nunca antes vividas.

Nada, nem o fustigante sol e as íngremes subidas foram suficientes para abater meu desejo de busca, pelo contrário, aumentou meu encantamento e continuei firme em minhas caminhadas.

Senti o suave contato de meus pés com a branca areia que tinha a suavidade e a meiguice do voo das borboletas e a grandiosidade e o encantamento suave dos beija-flores! Encantou-me, e fez bem à minha alma!

Preparei-me para encontrar-te, sabia eu, que lá longe, por detrás daquelas azuis serras te encntraria, mas não tinha ideia de que seria tão maravilhoso e tão sublime o nosso encontro ou reencontro.

Desde o início da subida, sentia-me leve e a cada instanate descortinavam-se diante de minhas retinas imagens deslumbrantes e graciosas. Minha mente fervilhava de alegria e de lembranças!

Detalhes, milhares, quiçá, milhões deles afloravam eu imaginava como teria sido aquelas paragens, no pretérito, lá longe... Emudeci diante de exuberantes e seculares árvores e dos vestígios do que outrora fora um engenho de cana!

Meu ser se encheu de alegria e num relance vieram à mente fatos que poderiam ter ocorrido naquelas plagas, berço de nações indígenas, com valentes guerreiros... Quantos sonhos!... Quantas dúvidas afloram de meu íntimo e se transformam, como por magia, em imagens nítidas.

O caminho é uma trilha entre um apertado vale localizado entre duas desnudas serras de clma agradável, apesar da falta de chuvas na região. As palmeiras dão um toque especial ao ambiente e a macambira cobre parte da serra. À medida que avanço, descortinam-se novas paisagens, o vale ora se estreita, ora se alarga e o vento sibila fortemente sobre as cabeças dos viajantes.

A cobertura vegetal e a paisagem se modificam enquanto subimos a serra. É incrível, mas ali, entre aquelas duas serras, corre um pequeno , mas persistente riacho de águas cristalinas que abastece os moradores da região e aplaca a sede dos animais e dos muitos caçadores que desbravam aquelas serras em busca de alguma caça.

Santana, tu encantas, tu és bela e faz o homem aproximar-se de Deus...

João Correia
Enviado por João Correia em 06/08/2012
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