!!! Raifnoc

Foi comemorar o aniversário do amigo. Decidiram comer uma pizza ali perto mesmo. Já era lá pelas vinte e uma horas, todos estavam jantando.. Sorrisos, risos e carinhos sinceros. Os olhares denotavam a verdadeira cumplicidade, tanto entre família nascida (pais e irmãos) quanto da família escolhida (os amigos).

Aquele momento, qual passara num estalar de dedos, agora lentamente pertenceria a cada memória ali presente. Agora, a mudança de ambiente seria para um local de música e pessoas. Mas não somente, e sim muita energia forte, pesada. Pensamentos tomam a cena do ator. Aquilo parecia mais uma sessão de tormentos. Cansaço? Alguns testes e auto-observações levaram a crer que não conseguia estar de corpo presente. Parecia um lugar impróprio para o sabiá.

Adultos rodeavam-no. Pessoas mais velhas e, ao mesmo tempo, pessoas mais jovens como o pequeno garoto. Pequeno porque não me sentia confiante, garoto pela infantilidade imbecíl de se preocupar em atender as expectativas do observador. O interlocutor onipresente, - tal que poderia estar ali em qualquer lugar - mal poderia imaginar que alguém o esperava por sua observação sobre performances.

Dir-se-iam que padrões elitistas classificam-se, por definição, no topo da cadeia. Duas opções, por hora: Atendê-los com calma e paciência ou, melhor ouví-los, entender seu sentido, e filtrar cada baboseira perfeccionista andrógena - tal como sugeria o momento. O restante é interessante jogar em prosa e deixar o resto com o verso. Conversa? Não.

Confiar. Talvez essa é a palavra que lhe faltara agora. Sem confiar , não há laço, ou confiança ou verso - muito menos universo (que é um verso só). Então aí, meu amigo, deixa de existir agora mesmo!!

Assim, sugere o bom autor que vamos deixar de conversa e procurar viver o presente; talvez errar muito e frustrar-se um pouco - com expectativas. Ou talvez, jogar-se na lei da incerteza e perceber o quanto tu poderá estar convicto da dança do Universo, uma vez que ela é, e não pode deixar de sê-lo.