FAZER O BEM, SEM OLHAR À QUEM…

Já perceberam como o espírito solidário humano REINA diante de uma tragédia?

Todo santo dia você pega o mesmo ônibus, no mesmo horário, provavelmente com o mesmo motorista e com as mesmas pessoas. Ninguém se olha, ninguém se fala. Você os conhece de longa data, porém é como se fossem meros desconhecidos.

Aí um belo dia…ENCHENTE!

O tal ônibus de todo dia fica preso no meio da avenida. Não consegue ir pra frente nem pra trás, a água está subindo rapidamente e invadindo o ônibus.

Todo aquele povo desconhecido de repente começa a se ajudar, unem forças, tiram a água pra fora conforme ela vai subindo, e no final dão risada juntos, conversam, trocam suas histórias de vida, falam da onde estão vindo e para onde estavam indo.

Em outra situação você sabe que uma pessoa vai se dar mal. Vai entrar pelo cano. Vai ser enganada de alguma forma. E você sabe que ela não sabe disso. Só que esta pessoa é aquela pessoa que você não gosta, é aquela sua vizinha chata, aquela sua colega insuportável de serviço, é a ex do seu marido. E agora?

Em um primeiro momento você pode pensar: BEM FEITO! Deixa ela se ferrar! Quem sabe assim ela aprende…etc, etc, etc…

Mas devemos fazer o bem sem olhar à quem.

Por menor que sejam as consequências não vai deixar de ser uma experiência trágica na vida desta pessoa. Então, antes de pensar no mal que esta pessoa já te causou ou no incomodo que ela representa para você, pense que ela também, assim como todos nós, tem contas para pagar, que ela pode ter filhos, pode ter que sustentar uma família, pais, pode estar passando por dificuldades, problemas de saúde, uma série de coisas que todo ser humano normal passa quase que diariamente, mas que nem sempre deixa o resto do mundo saber.

Ajude, faça a pessoa enxergar aonde está o erro para que ela não tropece.

Agora se não quer dar o braço a torcer, se o seu orgulho é maior que você, peça para um terceiro ajudar a pessoa, afinal quando de fato queremos ajudar alguém, esta pessoa não precisa em momento algum saber que fomos nós. Vamos deixar as picuinhas de lado, afinal podia ser com você também.

FAÇA O BEM, SEM OLHAR À QUEM.

Paula Cassim

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