“Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço” – o moralismo.
Há alguns anos atrás, ouvi uma frase provinda de meu querido progenitor, meu pai, ao qual compartilho com vocês agora:
“Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”
Esta, sem dúvida, é uma das mais interessantes frases que já ouvi em toda minha vida e que muitos de vocês provavelmente já tinham escutado antes.
O que muitos chamam de “cuidado” eu chamo de “cuidar da vida alheia”.
Existe uma grande diferença entre cuidar da pessoa que você gosta, quer bem e cuidar da “vida” e dos “atos” dela.
Bom, vamos desenhar:
Cuidar de uma pessoa, é você estar presente, é ficar ao lado da pessoa mesmo que ela esteja errada, ajudando-a a encontrar uma melhor solução. É você ouvir os problemas dela, mostrar os caminhos que ela tem para escolher para sanar o problema (entenda, não é falar o que a pessoa tem que fazer, impor… é mostrar os dois ou mais lados da história e deixar que ELA ESCOLHAo que é melhor para ela).
As pessoas confundem muito as coisas.
Usam a frase “quem está de fora enxerga melhor”para fundamentar o porque “fazer desta forma é melhor”.
Porém, só quem está na pele sabe a qualidade do problema.
Você mede a qualidade de seus amigos pelo tempo que eles passam se preocupando por você. Dizer que “vai ficar tudo bem” e pedir para ter “calma” não é a forma mais indicada de ajudar e de cuidar.
E quando não sabemos como ajudar?
Às vezes, nós mesmos queremos ajudar alguém porém não sabemos como e nem por onde começar.
O melhor, é sentar com a pessoa e tentar enxergar juntas as opções que se tem para sanar o problema.
Volto à dizer: Não é DIZER O QUE A PESSOA TEM QUE FAZER ou INDUZIRque ela haja de determinado jeito. É simplesmente mostrar o lado positivo e negativo, e as diferentes formas de sanar o problema. A PESSOA QUE VAI ESCOLHER COMO PROCEDER.
Se ela errar na escolha, paciência! Mas ela estará errando por mérito próprio e você estará ao lado dela, mesmo sabendo que ela está errada, apoiando no que for preciso. Isso é cuidar de quem queremos bem.
Agora vamos virar o outro lado da moeda…
Existe ainda pessoas que gostam de “cuidar da vida alheia”. Pessoas que não se satisfazem nem com animais de estimação, nem com suas bonecas barbies. Querem mais! Além de impor o que a pessoa tem que fazer, ainda julga seus atos como se aquilo fosse o fim do mundo!
“Porque você fez isso? porque você bebeu deste jeito? Nossa! Você cada hora gosta de uma pessoa diferente! Você não sabe o que quer… Se fizer isso vai se dar mal… Tá andando com as pessoas erradas”… e suas variáveis…
Uma das piores coisas do mundo é ouvir uma pessoa “moralista” falando. Eles acham que são os donos do mundo. Manda e desmandam, ficam horrorizados com nossas atitudes, ações e com as coisas que a gente diz e pensa…. Só que quando vamos parar para analisar, descobrimos que esta mesma pessoa faz igual ou pior.
Aí entra a frase “Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.
impor o que temos que fazer, querem nos enquadrar na sociedade que “acham” ser o ideal, querem nos recriminar pelo que falamos e ditar regras para seguirmos…. enquanto isso….
O importante, volto a dizer, é fazer as coisas do seu jeito. Insisto nisso, porque gente pra falar tá cheio por aí… Dane-se o que as pessoas vão falar, vão achar, faça apenas o que achar certo e junte-se a pessoas que cuide de você.
É fácil falar que não é certo e por trás fazer pior.
Lembre-se sempre: Ninguém joga pedra em árvore que não dá frutos!
Se estão te metralhando com “tá errado, faça isso, fale aquilo” é porque fatalmente sabem do seu potencial e que você é uma forte candidata a se destacar… e cai entre nós, este tipo de pessoas gostam de ser o centro da atenções, logo…!
Paula Cassim
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