Acabo de vir da escrivaninha de Giustina, que dedicou-me uma linda crônica, na qual enfatiza a minha força.
Nem eu sabia que era forte, antes de precisar ser, e acho que isto acontece à maioria de nós: achamos que jamais seríamos capazes de passar por determinadas coisas, principalmente, ao vermos outras pessoas passando por elas, até que chega a nossa vez (e ela sempre chega), e nos vemos diante da falta de alternativas.
Principalmente, quando a coisa pela qual estamos passando exige que ajudemos alguém que sofre ainda mais... e temos que ser fortes, fazer das tripas coração, resolver chorar depois, pois agora, atitude é a única coisa que nos cabe.
Não se se isto é força...
Mas acredito que qualquer um que olhe alguém sofrer e diga: "Eu jamais encararia tudo isto com tanta serenidade," pode estar certo: você poderia, sim! E exatamente como eu fiz, encontraria uma maneira de continuar, de sobreviver, de tentar aprender pelo menos alguma coisa através do que sofreu.
Lembro-me de que eu olhava meu sobrinho, sorrindo e brincando através de seu sofrimento e sua dor, seu desconforto físico, sabendo que despedia-se da vida... e eu pensava que eu mesma não seria capaz de ter a atitude dele... mas hoje, acho que eu teria agido exatamente da mesma forma que eu o aconselhei a agir: vivendo um dia de cada vez.
Amanhecendo, enquanto houvesse amanheceres.