Minha Sertanejidade
Em alguns textos ou comentários, tenho empregado este termo ainda não dicionarizado, mas amplamente utilizado no Google, quando afirmo que costumo, com certa freqüência, visitar o meu sertão para reabastecer-me com o combustível da sertanejidade. Muito embora não possa ver o lugar em que nasci, por estar submerso pelas águas da barragem de Itaparica, que cobriu três cidades, tenho o prazer de reencontrar meus contemporâneos, hoje habitando a nova cidade ou algumas das agrovilas do município. Nada melhor que, num gostoso bate-papo, relembrar os velhos tempos e os costumes da época, muitos dos quais ainda mais saudáveis dos que os de hoje. Sem pretensão de superestimar o saudosismo, pois sou o que sou graças ao progresso dos novos tempos, tenho de lembrar a importância do amor à terra natal, aquela em cujas raízes se firmaram os nossos princípios éticos e morais, além do sentimento nativista. Mesmo já tendo vivido mais aqui do que lá, as minhas características prevalecentes ainda são as de sertanejo, com aquele espírito brincalhão, muitas vezes confundido por aqueles que se apegam mais à formalidade, ainda que num ambiente informal.
Por isso, deixo aqui as minhas escusas pelas vezes que me expressei de maneira incompatível com a elite da civilidade, por preservar a minha origem matuta, orgulhosamente salientando a condição de sertanejo do vale do São Francisco, o rio da Unidade Nacional.
Sou sertanejo da gema
Isto jamais vou negar
Este é o melhor tema
Do qual gosto de falar