TER VERGONHA...

Leio um interessante texto de Annabailune sobre a vergonha, e faço o comentário abaixo.

"A consequência da vergonha...construção de um mundo imaginário.." Por quê? Preocupação com o que pensam de nós. Fragilidade....Cabeça dos outros, lugar pequeno para andar o que pensamos e nossa conduta. Mas a verdadeira vergonha é não ter vergonha quando se deve ter vergonha. O péssimo caráter por exemplo, em todos os sentidos, e como os há...público e privado. E muitos alardeiam "coisas"...na comunicação em geral, nos facebooks, twitters, sites, como esse. Parabéns por trazer esse tema. Abr. Celso

Disse a Ana sobre várias vergonhas que não são vergonhas, são circunstâncias da vida transformadas em vergonha. Mas passamos por fatos que não são passiveis de vergonha, e nos envergonhamos, injustificadamente, mas não sabemos a realidade em essência dessa importância para nós, que é uma desimportância.

E quantos não têm vergonha da verdadeira vergonha...

Não temos que ter vergonha de um sapato furado se não podemos comprar outro, mas de sapatos comprados com o peculato, desvio de dinheiro público. Por que ter vergonha de ser o que somos? Por que necessitar pela mentira, sem nenhuma vergonha, ser o que não somos?

E a vergonha é destrutiva, como assevera com razão Annabailune, quando está associada com a mentira.

E a mentira é a projeção daquilo que não somos e não fomos e compensa quem não se envergonha do que tem que se envergonhar....mentindo... e a vergonha virá mais cedo ou mais tarde quando descoberto o mentiroso.

E é como a ira, pois nem toda ira anda ao lado do mal, como a vergonha que se deve ter e não se tem, nem toda serenidade é sadia, quando se pede revolta.

É a vida nas vias paralelas que não se encontram no campo das emoções e nas suas projeções, aparentemente.

A cólera santificada é como a vergonha injustificável, circunstancial. A vergonha da mentira, que arruína, nasce e morre com o mentiroso, é deformação do caráter.

Não temos que ter vergonha, só da mentira, que é destrutiva e corrompe, de alguma forma.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 31/07/2012
Reeditado em 31/07/2012
Código do texto: T3805617
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