MEU GATO

Bom chamar o ser amado de gato, gatinho...Meu gatão !

Me referí ao ser amado na pessoa de um homem interessante de porte e conteúdo, mais aqui, o gato sobre o qual pretendo discorrer, é um bichano. Malhado em preto e branco, olhos lindos verdes e muito manhoso, isgueiroso sabe bem onde está e como o queremos.

Estranhamente este bicho, chegou em minha casa, se esgueirando, pela parede lateral de casa, seguindo o encalço do Gustavo (neto), que acabara de chegar em casa vindo a escola (enquanto a filha trabalha, ele fica comigo pós a aula) e aquele era um dia atípico. Estávamos apreensivos com uma certa conversa de cunho matrimonial em apíce havido entre o casal e o neto, estava meio entristecido.

Assim que o neto chegou, eu que estava sentada, num sofá na varanda observei-lhe o semblante e uma sombra bem atráz dele (nós pés) me assustou pensei fosse um rato, quase à porta da cozinha

- Gustavo olha isso ! Ele se voltou, e pegou aquele bichinho,arrepiado, pequenino quase feio, de imediato logo pensei em mandar por fora do quintal, jamais quis gatos, quando muito tivemos cães e algumas aves que temos em lugar fechado; gatos nunca, são manhosos, sobem em cadeiras, mesas e sofás...em casa jamais, nunca os quiz, nem os filhos demonstraram interesses em ter gatos, talves porque sabiam que eu reprovava.

Mais naquele dia...o Gutavo estava tristinho quem sabe um gatinho (estavamos sem cachorro, o Eros havia partido, morrido com 4 meses, por virose)... mais... gaaato ?

- Gustavo, voce quer ficar com ele ?

- Sim vó, se eu puder eu quero e vou cuidar. E ficou !

Hoje ele está com 3 meses, supondo que tivesse 1 mês quando aqui foi deixado. O bicho é carinhoso, safadinho e já percebeu que foi bem aceito...hoje chove aqui o frio esta cortante, acordei com um movimento sobre mim, achei que ajeitavam minhas cobertas e me aconcheguei, só então percebi um andar sobre mim como se me palmeasse o corpo. Quando olhei ele já estava com os bigodes próximo ao meu rosto, emitindo aquele som como um ronco que me dizem ser contentamento.

Eu fiquei alí, observando e rindo, esperando ver onde ele ia se aninhar

por sobre minhas cobertas, o bicho desceu, até meus pés, subiu novamente até próximo de meu rosto, passou literalmente o rabo sobre meu rosto e se voltou em direção às minhas pernas e parou bem entre o côncavo da minha coxa.

Fiquei tácita, rindo de mim mesma...cadê eu ?

Esqueci de falar o nome do bichano...Scrwep, demorei pra me acostumar, sugeri ao neto: Zig, Zog .... não teve acordo.