A VERDADE, ONDE ESTARÁ, AFINAL?
SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2009
A VERDADE, ONDE ESTARÁ, AFINAL?
Está estampada nos jornais de hoje a notícia da morte da jovem italiana, Eluana. E que está gerando celeuma e muita polêmica com relação ao modo como se deu esta morte.
Quero aqui fazer certas colocações que penso apropriadas para a oportunidade, pelo simples fato de todo mundo querer apresentar sua tese, teoria ou pensamento, a respeito da referida situação. E aproveito para afirmar que não desejo me arvorar em dono de verdade nenhuma. Simplesmente vou apresentar diversas situações que entendo serem
necessárias destacar.
A discussão sobre o tema Eutanásia, por si só, já causa muita discussão, sem contudo se chegar a um lugar comum. E pensamos que nunca chegará porque envolve uma gama de interpretações. Sendo que, cada uma dessas interpretações se considera como se fosse a dona da verdade.
Este assunto de morte determinada possui vários angulos e vários prismas. Vamos a eles:
O aspecto religioso: deste lado, há muitas interpretações, haja vista que existem centenas ou milhares de religiões no mundo e cada uma delas tem a sua própria visão e interpretação do fato.
Umas admitem e outras não. Talvez a maioria não a aprovam.
Há o aspecto humano: também sob esse prisma não há unanimidade por parte das pessoas.
Temos o aspecto familiar: por esse angulo, a família tenta por fim ou dar continuidade à vida de seu ente querido, não havendo um entendimento único entre seus membros, também.
Existe o aspecto da lei: A maior parte dos países não aceita e nem adota o procedimento da eutanásia. Em sua maioria processam e condenam os autores (os médicos) que promovam tal iniciativa.
Existem, ainda, vários outros aspectos que poderíamos abordar mas para poupar espaço e o tempo dos leitores, vamos nos ater apenas aos que já apresentamos.
E aqui entra o nosso entendimento: não há como se chegar a um denominador comum para este assunto tão complexo. Então, pensamos que cada família que tenha uma situação dessa para decidir, tenha total liberdade de o fazer, assumindo toda e quaisquer responsabilidades que existam ou surjam, principalmente sob o aspecto religioso que é o mais discutido. As consequências devem ser de conhecimento da família porque só ela é que pode resolver a situação de uma forma direta e objetiva. Ninguém mais deve apresentar qualquer alegação contra ou a favor.
Se, por ter tomado tal medida estará sujeita ao castigo divino, isso é, única e exclusivamente, decisão da família. Ninguém deve se envolver em tal situação.
A única sugestão que apresento é que cada membro da família possa declarar antecipadamente a qualquer tragédia, que se estiver na situação de doente terminal, queira ou não que sua morte seja apressada, abreviando-lhe os sofrimentos.
Já sei de antemão que haverá quem ache tal exposição, pueril. Mas é a minha interpretação e a apresento aqui para conhecimento de todos e não para novas discussões.