CAROS AMIGOS LEITORES
Antes de tudo, permitam-me justificar esse “amigos leitores”. Bem sei que os únicos leitores que tenho são os meus amigos. Se bem que mesmo os amigos, me leem somente para não perder o amigo. Mas não precisam fazer tanto esforço, pois, basta dizer que leram e tudo bem. Tudo certo. Amizade preservada. Eu acredito, faço de conta que escrevo coisas interessantes e que sou o máximo. Vaidade, ego e amizade satisfeita.
Mas o motivo principal dessa missiva, é lhes justificar o pouco que tenho escrito ultimamente. Espero que isso não lhes deixe contentes. Espero que tenham sentido muita falta dos meus escritos, dos meus poemas, das minhas crônicas e dos meus causos. Tenho certeza que estão sedentes pelos meus conceitos sociais, pelos vômitos das minhas tentativas de exorcizar o capitalismo exagerado, cego e burro da sociedade global, que desfilam esse canibalismo que sofre da síndrome da avestruz.
Ocorre que tenho desviado minha atenção para o cultivo de uma horta que emprestei de um vizinho e a uso em comodato. Tenho tentado resgatar minhas origens caipiras, de agricultor chinfrim, cultivando verduras e hortaliças. E estou obtendo relativo sucesso, não fosse algo que está me aporrinhado, que está prejudicando minha vida de agricultar, nessas vastas terras que emprestei e que perfazem cerca de 50 metros quadrados.
Para não perder o hábito do segmento dos fazendeiros, direi que se o frio não cessar logo, se a chuva não moderar, terei fortes prejuízos, mas que continuarei teimando nessa atividade, pelo bem do povo brasileiro e também porquê não sou de ferro e preciso reduzir meu stress. Sou caipira, mas também já sofro desse mal urbano, nessa sociedade turbulenta e que exige de todos e de mim muito mais do que tenho para oferecer. Além desse marketing permanente e abusado que nos instiga e querer mais do que podemos. Mas isso é outra história.
Ocorre, meu caros, que a horta estava que meio abandonada. Limpei, tratei a terra e comecei a plantar. E embora a minha horta esteja protegida por muros e cercas, teimosamente tem sido invadida. Sim, vezes em quando chego para chegar uma terrinha nas minhas crias e lá está um baita buraco, feito certamente por um cachorro. Além de enfear minha horta, machucam minhas plantas e me causam prejuízos enormes, seja econômico, seja emocional.
Tapo o buraco no capricho. Dia seguinte o buraco lá está de novo. Estou ficando indignado e pronto para fazer um BO, pedindo providências das autoridades pela invasão de privacidade que esse dito cachorro vem insistente e abusadamente teimando em fazer. Minha mulher, sempre compreensiva e tentando amenizar minha indignação, tenta me explicar que certamente o cachorro, já antes, enterrou algum osso na horta e tenta resgatá-lo.
Já escavei e procura desse osso para devolver ao dito cachorro. Fiz diversos buracos ao redor e nada desse osso. Pior é que não sei que cachorro está fazendo isso. Por enquanto tenho apenas suspeitos. Com um deles, aliás, uma cadela, tenha tentando um diálogo amistoso, na busca de uma solução pacífica; ela diz onde o osso pode estar, eu o retiro e lhe devolvo e assunto resolvido.
Tenho tentado explicar a ela que não farei nenhuma retaliação. Basta ela confessar, ajudar a localizar seu tesouro que será devolvido e ela o guardará em outro lugar, longe da minha horta. Mas ela se omite inteiramente. Parece usar do direito de só falar em juízo, tipo o Cachoeira. Meu medo é que nem em juízo ela fale. E tem o fato de que mais vale um bom acordo do que uma boa briga.
Enfim amigos leitores, estou relatando o assunto para justificar minha ausência no mundo dos escribas e ver se alguém teria alguma ideia para me dar, para solução desse impasse, evitando assim que eu chegue aos extremos da indignação e apele para alguma solução menos pacífica. Aguardo sugestões.
Antes de tudo, permitam-me justificar esse “amigos leitores”. Bem sei que os únicos leitores que tenho são os meus amigos. Se bem que mesmo os amigos, me leem somente para não perder o amigo. Mas não precisam fazer tanto esforço, pois, basta dizer que leram e tudo bem. Tudo certo. Amizade preservada. Eu acredito, faço de conta que escrevo coisas interessantes e que sou o máximo. Vaidade, ego e amizade satisfeita.
Mas o motivo principal dessa missiva, é lhes justificar o pouco que tenho escrito ultimamente. Espero que isso não lhes deixe contentes. Espero que tenham sentido muita falta dos meus escritos, dos meus poemas, das minhas crônicas e dos meus causos. Tenho certeza que estão sedentes pelos meus conceitos sociais, pelos vômitos das minhas tentativas de exorcizar o capitalismo exagerado, cego e burro da sociedade global, que desfilam esse canibalismo que sofre da síndrome da avestruz.
Ocorre que tenho desviado minha atenção para o cultivo de uma horta que emprestei de um vizinho e a uso em comodato. Tenho tentado resgatar minhas origens caipiras, de agricultor chinfrim, cultivando verduras e hortaliças. E estou obtendo relativo sucesso, não fosse algo que está me aporrinhado, que está prejudicando minha vida de agricultar, nessas vastas terras que emprestei e que perfazem cerca de 50 metros quadrados.
Para não perder o hábito do segmento dos fazendeiros, direi que se o frio não cessar logo, se a chuva não moderar, terei fortes prejuízos, mas que continuarei teimando nessa atividade, pelo bem do povo brasileiro e também porquê não sou de ferro e preciso reduzir meu stress. Sou caipira, mas também já sofro desse mal urbano, nessa sociedade turbulenta e que exige de todos e de mim muito mais do que tenho para oferecer. Além desse marketing permanente e abusado que nos instiga e querer mais do que podemos. Mas isso é outra história.
Ocorre, meu caros, que a horta estava que meio abandonada. Limpei, tratei a terra e comecei a plantar. E embora a minha horta esteja protegida por muros e cercas, teimosamente tem sido invadida. Sim, vezes em quando chego para chegar uma terrinha nas minhas crias e lá está um baita buraco, feito certamente por um cachorro. Além de enfear minha horta, machucam minhas plantas e me causam prejuízos enormes, seja econômico, seja emocional.
Tapo o buraco no capricho. Dia seguinte o buraco lá está de novo. Estou ficando indignado e pronto para fazer um BO, pedindo providências das autoridades pela invasão de privacidade que esse dito cachorro vem insistente e abusadamente teimando em fazer. Minha mulher, sempre compreensiva e tentando amenizar minha indignação, tenta me explicar que certamente o cachorro, já antes, enterrou algum osso na horta e tenta resgatá-lo.
Já escavei e procura desse osso para devolver ao dito cachorro. Fiz diversos buracos ao redor e nada desse osso. Pior é que não sei que cachorro está fazendo isso. Por enquanto tenho apenas suspeitos. Com um deles, aliás, uma cadela, tenha tentando um diálogo amistoso, na busca de uma solução pacífica; ela diz onde o osso pode estar, eu o retiro e lhe devolvo e assunto resolvido.
Tenho tentado explicar a ela que não farei nenhuma retaliação. Basta ela confessar, ajudar a localizar seu tesouro que será devolvido e ela o guardará em outro lugar, longe da minha horta. Mas ela se omite inteiramente. Parece usar do direito de só falar em juízo, tipo o Cachoeira. Meu medo é que nem em juízo ela fale. E tem o fato de que mais vale um bom acordo do que uma boa briga.
Enfim amigos leitores, estou relatando o assunto para justificar minha ausência no mundo dos escribas e ver se alguém teria alguma ideia para me dar, para solução desse impasse, evitando assim que eu chegue aos extremos da indignação e apele para alguma solução menos pacífica. Aguardo sugestões.