CADÊ MINHA ROUPA!!!
CADÊ MINHA ROUPA!!!
Foi em 1994. Ano da Copa do Mundo nos Estados Unidos. Sem intenção de ver os jogos, fomos para lá, mais precisamente para New York, chegando no Independence Day (04/07) daquele país. Eu, Iara e o Felipe. Apesar de ter sido um passeio maravilhoso, sem dúvida, foi o mais cheio de atropelos de todos quantos fiz. Já conhecia a cidade. Estive lá em duas outras oportunidades. No traslado aeroporto/hotel, uma senhora, que ficara em outro hotel, levou trocada uma de nossas malas, por engano. Só fomos dar conta, quando chegamos ao nosso. Após uma série de procura daqui, procura dali, conseguimos reavê-la. O programa era ficar uma semana em Manhattan, e, após, uma excursão para o Canadá. Nesse primeiro período, assistimos pela TV, a um jogo do Brasil, contra a Holanda, na 46ª St, rua dos brasileiros. Por insistência do Felipe, fomos ao Estádio dos Giants, assistir o jogo México e Bulgária. Espetáculo inesquecível. Primeiro, pelo número de espectadores, pois, New York tem grande população mexicana. Segundo, o jogo em si. A Bulgária levou uma equipe excelente, ganhando o match por 2 a 0. Terceiro, por um acontecimento inédito. Em determinado momento do jogo, numa das áreas do campo, após uma confusão perto do gol, um dos postes da trave quebrou. Pensei, quanto tempo haveríamos de esperar, para o conserto? Surpresa. Nem um minuto, entram três homens carregando uma trave nova! Nunca havia visto coisa igual, e olha que já assisti centenas e centenas de jogos. Coisa de Primeiro Mundo.
Tudo devidamente registrado por fotos, inclusive, uma à noite, no HardRock Café, ao lado do famoso Hugo Sanches, jogador mexicano, que se encontrava no local.
O passeio para o Canadá, de ônibus, foi ótimo. Ainda nos EUA, conhecemos Boston, cidade maravilhosa. Muito atraente é o Quincy Market, com lojas e restaurantes, construídos num antigo porto.
Em julho, verão, o verde da vegetação começa a aparecer. Então, ao passarmos pelos Estados de New Hampshire e Vermont, onde existem muitas fazendas, com as construções típicas de seus silos, a paisagem estava bem agradável, propiciando-nos uma viagem muito gostosa.
Conhecemos Corning, onde existe um museu do vidro.
Durante sete dias, visitando Montreal, Quebec, Otawa, Toronto e Niagara Falls, conhecemos alguma coisa, não muito, desse país maravilhoso. Na final da Copa, estávamos em Toronto, e me surpreendeu a festa realizada na rua principal da cidade, com carreata e tudo, pela vitória do Brasil sobre a Itália, ganhando o tetra campeonato mundial.
Voltamos para New York, onde iríamos ficar mais uns três dias. Na chegada à metrópole, no ônibus, ao deixar os passageiros nos respectivos hotéis, aconteceu o segundo contratempo. Defronte ao Hyat, o motorista retirando as malas, uma argentina em pé, ao meu lado, dentro do veículo, gritou por ter visto um cidadão negro, no lado oposto de onde estava o motorista, retirar do maleiro uma bolsa de viagem, e fugir. Tendo o fato ficado por isso mesmo, quando chegamos ao meu hotel, verifiquei que faltava, justamente, a minha valise. Nela estavam roupas, algumas compras, e todos os rolos de fotografias que eu iria mandar revelar, ainda em NY. Isto é, fiquei sem quase toda minha roupa, todas as fotos tiradas no jogo de futebol, e todas tiradas antes, durante, e depois do passeio ao Canadá. Fiz queixa na Delegacia de Polícia, por sinal, como aquelas que se vê em filmes, sujas, com papéis para todo lado, funcionários sonolentos (eram 23 horas). Nada se resolveu, ficando eu sem os objetos relatados. Fazer o quê? Tive tempo, ainda, de comprar camisas e jeans, na GAP.
Apesar dessas contrariedades, a viagem foi excelente. Além de conhecer alguma coisa daquele país, suas belas cidades, com aqueles jardins imensos, bem tratados, tive a oportunidade de constatar o grau de educação do povo canadense, sua cultura, e suas belezas naturais.
Canadá. Sem dúvida, um lugar onde gostaria de voltar!