A surpresa.
Eu vi com meus próprios olhos. Estava doente e não podia ir para a casa da minha namorada, apesar de ser sábado. Tentei ficar curado com muitos remédios: mel com própolis, mel com agrião e outros lambedores, além de benegripe e efervescente. Quando deu duas horas da tarde, eu estava pondo todo o catarro para fora. Às duas e meia, eu estava fungando. Às três horas da tarde, eu já estava melhor. Liguei para ela, mas o celular estava desligado. Resolvi ir assim mesmo. Eu tinha a chave da casa. Ela morava sozinha. Meditei sobre o que falar para ela enquanto dirigia, aproveitei para comprar doces para ela, mas sem desconfiar de nada. Quando cheguei na casa dela, abri a porta e ouvi um barulho de cama se mexendo. Desconfiei. Fui sorrateiramente até o quarto dela e vi ela transando com um brutamontes. Peguei em faca. Hesitei. Pensei em suicídio, mas, enfim, desisti. Deixei os doces lá. No dia seguinte, ela pediu a separação.