MORTE...UMBIGO.

Mergulhei no ápice da depressão cutânea localizada no centro do abdômen, e procurava minha origem na busca do que seria o novo. Que novo é esse, é zênite, apogeu do meu começo ou fim do unanimismo do homem?

Nasci zincado, no tom branco-azulado do zinco, cor de céu. Estava já a procurá-lo? Mas só vejo caulescentes formados das raízes subidas do chão em labaredas que só Alighieri ousou penetrar no seu inferno, na “Commedia”, acompanhado do poeta Virgílio, na febre pura de achar sua Beatriz, amada desde os nove anos, platonicamente.

Na semântica da escura resposta vejo a sementeira e o nunca do fruto, maninho, infecundo, manino e estéril, logrado mais que o logro, batido, ausente, nada alimentando.

E procuro....mergulho no umbigo... viajo e involuo, letargo fico, sem vigor na ânsia de achar o novo...

Que novo é este que não renova? Mergulho mais na nutrição placentária da vida que veio ao novo e nada de novo encontrou... asas...levado alado mais e mais...nada.........de novo.

Assisto uma permanente farândola, todos dançam aos pares, fala-se em ser par, muitos são pares de muitos nas casas do povo, no mundo; para quê(?), para o novo que nada de novo traz, só a agitação da dança.....da farândola.

É gigante a farandolagem e muitos participam da súcia, vencem oceanos em tratados, e já engolem povos, de formas diversas das antigas, mas com o mesmo timbre, marca e selo da indiferença.

E a cortina não abre as águas desse mergulho que afoga e mata, mata e vejo matar, todos veem, quando deviam socorrer, matam, na esperança do comunial que não surge, esperamos no mergulho que asfixia!

E o pior pecado é a morte da esperança, sabem os teólogos e religiosos maiores, a não esperança da graça, do Espírito Santo.

Mortes e mais mortes bíblicas no seio de todas as terras, e da terra que gerou o Cristo nos chegam, do solo germinado do que é e seriam as verdades definitivas; em vão, todos surdos ao começo das eras, das gentes.

E morrem os que nem mesmo viram os umbigos cairem nessa viagem que só obtusos pardacentos fazem, contrariando o bem, sem origem ou memória, empunhando armas e moedas, desnudos de alma e de graça.

O novo nada tem de novo matando, não há ascenso de consciência onde MORRE MAIS AINDA O CRISTO.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 26/07/2012
Código do texto: T3798739
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.