Você esqueceu a avó?
A data 26 de julho é marcada no calendário cristão como Dia de St'Ana ,avó de Jesus e como “Dia da Avó.”.
Entretanto, com pesar constatamos que muito pouco se fala na homenageada. Nenhum movimento diferente do costumeiro. Os meios de comunicação parecem silenciosos, pois dão sempre preferência as notícias de tragédias, crimes ou escândalos. Os comerciantes não investem em propagandas, pois cautelosos sabem que não teriam retorno financeiro. As famílias também não fazem festa para aquela que muito representa como segunda mãe. E os netos, nem sequer aprenderam que ela é merecedora de um carinho especial.
É triste essa realidade, mas é um fato! E quem é essa avó no contexto social familiar? Por que tão desprezada?
Antigamente, a figura da avó era vista como uma velhinha, de óculos em cadeira de balanço a tricotar ou fazendo crochet, ou ainda com um terço na mão. Ela era dependente do marido quando ainda não era viúva. Se o marido tivesse morrido, ela era acolhida pelo filho ou filha de melhor condição ou que daquele familiar onde ela melhor se sentisse amparada.
Competia a avó quase sempre substituir a mãe nos momentos de doenças ou de férias escolares dos netos. Na relação avó e neto havia muito respeito. O ritual de tomar a benção era comum ou mesmo obrigatório.
Atualmente, com o modernismo e a evolução do papel da mulher, consequentemente, passamos a ver a avó com outro perfil. Ela agora, quase sempre, é economicamente independente. Isso trouxe muitas mudanças na família, pois além dos costumeiros papéis passou a ter obrigações com despesas. E, então, sua tão sonhada aposentadoria passou a ser vista pelos filhos e netos como fonte de renda na qual toda família usufrui. E isso o que representa para a avó? No mínimo, um sonho desfeito! Ela que trabalhou tanto e na idade madura que pensava ter melhor qualidade de vida se sente, muitas vezes, privada de realizar um passeio, uma viagem e até de comprar seus remédios.
E essa avó, apesar de tudo, quando ver chegar seu dia em que deveria receber ao menos um carinho especial, recebe o esquecimento de seus netos com a omissão de seus próprios filhos.